terça-feira, 24 de março de 2009

MPB - Músicas Para Baixar

Este texto foi publicado por Carolina Ribeiro ao Observatório do Direito à Comunicação, e toca alguns pontos importantes na discussão sobre pirataria. Trata da criação do Movimento MPB - Músicas Para Baixar, criado em uma reunião em Brasília, no último dia 15, por conjuntos de artistas e ativistas. Juntos, discutiram a produção fonográfica no Brasil, o direito autoral, a economia solidária na cultura, os oligopólios da indústria cultural de servidores e a busca de alternativas à ditadura das grandes gravadoras e dos meios de comunicação de massa.  

Vale os dois minutos de leitura.




Por Luisa Carolina.

3 comentários:

  1. Apesar desse debate em pró dessa comunização da informação, do conhecimento, da cultura, fica em evidência que esse é um processo inelutável e que esse debate é apenas uma tentativa dos interessados em fazer parte do processo, se beneficiando de alguma forma.
    Alguém ainda acredita em altruísmo? hahah

    ResponderExcluir
  2. Bom post, bem no assunto da próxima aula =)

    Concordo com o Fábio, acho que o discurso altruísta é mera fachada, mas de todo modo é bom ver movimentos combatendo o monopólio das gravadoras, se é que ele existe.

    Lembrei da iniciativa de artistas como o Lobão e Rogério Skylab, que fizeram cds independentes e venderam nas bancas de revistas a, se não me engano, menos de 15 reais. Pena q não foi muito pra frente, talvez por serem artistas meio obscuros...

    ResponderExcluir
  3. Interessante a reportagem, mas não posso deixar de relatar algo que me trouxe muito incômodo no decorrer dela: a perspectiva da “solidariedade” (aproximar o debate das “práticas da economia solidária”; contribuir para “potencializar o acesso e o desenvolvimento do conhecimento da humanidade” etc). Ressalto isso não porque eu não acredite que a democratização do mercado fonográfico represente uma forma mais acessível (principalmente em termos econômicos) aos tais materiais fonográficos. Para mim, a questão principal é a justificativa que está se dando para isso.
    Meu olhar é diferente do que aquele presente na reportagem. Creio que a disponibilização de materiais fonográficos na internet não deixa de ser uma estratégia de mercado, muito lucrativa para os artistas que estão adotando a idéia. É notório o crescimento do público que tem buscado o acesso a vídeos e músicas através da internet, fazendo downloads dos arquivos ao invés de comprar CDs e DVDs. Sendo assim, por que não começar a pensar em estratégias de vendas mais direcionadas a esse público?
    Seguindo ainda esse raciocínio, destaco a frase do rapper: “Se nós não tivermos um plano político para apresentar como proposta alternativa, ele [o capitalismo] vai nos engolir”. Penso que não é a proposta de um modelo alternativo ao capitalismo que está em questão. Ampliando o acesso a materiais fonográficos através da internet, o lucro continuará acontecendo – tanto artistas quanto gravadoras sabem disso. Por que então adotar discursos avessos ao capitalismo e favoráveis à política da “solidariedade” e que contribuam para o “desenvolvimento da sociedade humana”? Vive-se do trabalho e do que ele nos gera de rendimento, essa constatação está distante ainda de ser verdadeiramente questionada; o problema é que discursos que engendram por essa via não têm sido cada vez mais condenáveis. Sinceramente, acho isso muita hipocrisia.
    OBS: Vi os comentários sobre a postagem só depois de ter escrito o meu próprio. Percebo que a idéia é comum a várias pessoas. Fico aliviada em constatar isso! : )

    ResponderExcluir