quinta-feira, 2 de julho de 2009
Dica de leitura
Descrição do blog: "A disciplina tem como objetivo explorar distintos aspectos sociointeracionais associados às novas mídias comunicacionais contemporâneas. Para tanto, serão efetuados exames críticos de algumas propostas teórico-metodológicas (interacionismo simbólico, teoria dramatúrgica, teoria das representações sociais) buscando verificar suas contribuições para o entendimento das dinâmicas sociais efetivadas em um contexto fortemente marcado pelo crescente uso de tecnologias digitais"
http://midiaecibercultura.blogspot.com/
Postado por Elfo
terça-feira, 30 de junho de 2009
SUBJETIVIDADE E PÓS-MODERNIDADE
Vivemos no presente um mundo veloz, onde a estabilidade é um desejo como outro qualquer: realizado com o talão de cheques e substituído na próxima liquidação. Nascemos sob os efeitos da globalização, somos interconectados, vivemos aqui, mas virtualmente próximos de qualquer lugar ou pessoa no globo terrestre. Não há valores permanentes e toda identidade é fragmentada. O poder é exercido sem fronteiras pelas organizações, e nada é realmente previsível. Diante de tantas diferenças entre os dias de hoje e o período histórico denominado de Modernidade, não se pode crer que as subjetividades engendradas antes das Grandes Guerras permaneçam as mesmas até o agora. Deste modo é sob esse cenário que este texto pretende traçar uma reflexão acerca das relações existentes entre o homem e seu tempo, neste caso entre os sujeitos e a contemporaneidade.
A subjetividade
O construto subjetividade não é nada consensual, assim como todo construto teórico. A circunscrição de seu significado é interdisciplinar e varia de acordo com o referencial adotado (Oliveira, 2006). Na esfera das ciências humanas uma concepção possível de subjetividade vincula seu significado à constituição do sujeito a partir de suas relações sócio-históricas e culturais, e que de uma forma ou de outra circunscrevem zonas de determinação no espaço de experiência do sujeito e em suas dimensões de interação.
A subjetividade assim considerada pressupõe o sujeito como “portador” de um conteúdo subjetivo (não adotando aqui uma dicotomia entre sujeito e objeto) que pode variar de acordo com os tipos de relações e trajetórias vividas em um espaço de experiência próprio da existência limitada deste sujeito. Não há então subjetividade que não seja relacional, que não esteja permeada por todas as dimensões dadas e vividas durante a existência do sujeito. Assim, em épocas diferentes a subjetividade individual emerge e é vivida dialeticamente de formas distintas (Rey, 2003). As dimensões históricas, culturais e locais experimentadas pelo homem nascido na idade média certamente diferem daquelas existentes para um homem nascido em qualquer outra época delimitada.
A questão que se pretende aqui refletir indaga sobre as singularidades da subjetividade que se configura em nossos dias. Ou seja, de que modo emerge em nossa época a relação entre o que é singular ao sujeito – sua dimensão afetiva, seus sentidos subjetivos – e o que é socialmente compartilhado – significados, símbolos, mitos e cultura, etc.?
A pós-modernidade
O período histórico que se tem denominado como pós-modernidade tem suas características iniciais situadas no pós-Segunda Guerra, onde inúmeras transformações nos campos da política, economia e ciência desencadearam uma crise de valores sociais e culturais: “o desencanto que se instala na cultura é acompanhado da crise de conceitos fundamentais ao pensamento moderno, tais como ‘Verdade’, ‘Razão’, ‘Legitimidade’, ‘Universalidade’, ‘Sujeito’, ‘Progresso’, etc.” (CHEVITARESE, 2001 apud Oliveira, 2006, p. 16). Este conjunto de transformações que compreende a contemporaneidade tem sido estudado desde os anos 60, quando surgem as teorias pós-modernas nos campos da arte, da literatura e mais tarde no meio acadêmico com o livro A condição pós-moderna (1979), de Jean-François Lyotard (LEITÃO; NICOLACI-DA-COSTA, 2003).
Há dois eixos de ênfase interpretativa a respeito destas transformações, por um lado a discussão se dá a respeito das condições contemporâneas de produção de conhecimento e por outro se envereda pelas condições de produção da ordem capitalista contemporânea. De modo geral o debate da pós-modernidade em torno do primeiro eixo entende as transformações deste período como decorrentes da utilização maciça das tecnologias da informática e do acesso cada vez mais amplo e rápido ao crescente contingente de informações disponíveis. Segundo Vattimo (1998a , 1998b apud LEITÃO; NICOLACI-DA-COSTA, 2003) as tecnologias da informação estão na base do rompimento com o modo moderno de produção de conhecimento. Já na outra perspectiva a pós-modernidade decorre de um modelo de capitalismo tardio ou neoliberal onde o modo de produção está organizado em torno do consumo de bens materiais, de informação e de cultura. Para Bauman:
“todas as sociedades sempre consumiram, mas aquilo que caracteriza a sociedade contemporânea como sociedade de consumo é a ênfase dada a esse consumo. Os membros da sociedade moderna definiam suas redes de sociabilidade em torno da capacidade de produção. Já na Pós-modernidade, a organização social se dá mais pela capacidade e pelo desejo de consumir do que pelo que cada um de seus membros produz.” (1997, 1998 apud LEITÃO; NICOLACI-DA-COSTA, 2003):
Considerando que a primeira perspectiva pode facilmente ser incorporada pela segunda, na media em que se pode argumentar com Jamenson (1991) que a tecnologia é conseqüência da expansão e da organização social em torno do consumo, adotamos como referencial para delinear algumas características da pós-modernidade, a perspectiva que entende este conjunto de transformações como intimamente ligado ao desenrolar histórico do capitalismo.
Assim, são características pós-modernas: a globalização, as comunicações eletrônicas, a mobilidade, a flexibilidade, a fluidez, a relativização, os pequenos relatos, a fragmentação, as rupturas de fronteiras e barreiras, as fusões, o curto prazo, o imediatismo, a descentralização e extraterritorialidade do poder, a imprevisibilidade e o consumo. Eagleton (1996) resume alguns dos atributos distintivos do período moderno e pós-moderno:
“Pós-modernidade é uma linha de pensamento que questiona as noções clássicas de verdade, razão, identidade e objetividade, a idéia de progresso ou emancipação universal, os sistemas únicos, as grandes narrativas ou os fundamentos definitivos de explicação. (...) vê o mundo como contingente, gratuito, diverso, instável, imprevisível, um conjunto de culturas ou interpretações desunificadas gerando um certo grau de ceticismo em relação à objetividade da verdade, da história e das normas, em relação às idiossincrasias e à coerência de identidades” (Eagleton, 1996 Apud NICOLACI-DA-COSTA, 2004)
Na era moderna o capitalismo conheceu sua forma baseada na produção e nas teorias econômicas liberais. A revolução industrial e técno-cientifica trouxe em seu bojo um mundo de estabilidade, visto a através de discursos científicos unificados e universalizados. Além disso, para garantir a sustentabilidade das necessidades produtivas do capital industrial surgem técnicas denominadas por Foucault (1997) de disciplinares, originadas a partir do séc. XVIII. Tais técnicas garantiam por um intricado sistema de docilização dos corpos, baseado na disciplina e na normalização de comportamentos, a força de trabalho necessária para manter a produtividade. Com o advento do capitalismo neoliberal, e a mudança de foco da produção para o consumo, surgem novas formas de exercício do poder capital, agora baseadas na vigilância permanente (Foucault, 1997). A mudança nas formas de poder relaciona-se à mutação do capitalismo, que deixa de ser de produção e concentração e passa a vender serviços e ações.
Deste modo, a primazia do econômico sobre o social operou sucessivas mudanças “primeiro do ‘ser’ para o ‘ter’, em seguida do ‘ter’ para o ‘parecer-ter’” (DUPAS, 2001 apud Oliveira, 2006, p.32). Com a expansão e o poder dos meios de comunicação, cria-se o fenômeno de industrialização da subjetividade produzida de forma social “de cima para baixo, para os supostos indivíduos, que consomem os produtos e as técnicas de subjetivação como qualquer outro produto” (BENEDIKT, 2003, p. 107, apud Oliveira 2006, p. 52). O poder associado à produção capitalista está presente a todo o momento na pós-modernidade, o que torna a contemporaneidade um lugar onde desponta uma liberdade controlada, que ao mesmo tempo em que proporciona infinitas possibilidades para a trama social, canaliza esses fluxos a favor do consumo, criando uma subjetividade permeada pela ordem capitalista.
A subjetividade na pós-modernidade
Diante das necessidades capitalistas neoliberais foi preciso forjar um novo homem, um ser humano que atendesse as necessidades desde modo de organização social, cultural e econômico. Assim como na era moderna havia determinadas relações entre sujeito e dimensões sociais capazes de engendrar uma subjetividade peculiar àquele tempo, na pós-modernidade por meio de modos de subjetivação característicos ergue-se o indivíduo, ou melhor, um ser humano perpassado por uma subjetividade individualizada (Mancebo, 2002).
A categoria indivíduo é a representação básica da subjetividade pós-moderna. Ela se caracteriza por uma exacerbação da “liberdade” individual, que desconsidera as condições concretas disponíveis para o seu exercício e é o “valor pelo qual todos os outros valores vieram a ser avaliados e a referência pela qual a sabedoria a cerca de todas as normas e resoluções supra-individuais devem ser medidas” (Bauman, 1998, p. 9). Se na modernidade a humanidade abria mão de certo grau de liberdade em troca de uma segurança relativa, no pós-moderno ela prefere a liberdade em detrimento a qualquer estabilidade.
A subjetividade individualizada implica em profundas transformações na forma de relação entre os sujeitos. Os princípios comunitários, por exemplo, atravessam uma profunda crise, pois se ao longo da modernidade as práticas coletivas e classistas ganharam fôlego, diante do estímulo neoliberal de competição elas se afogam. Outra característica é a crescente valorização da interioridade e a busca de felicidade individual, em detrimento ao bem coletivo e ao outro (Mancebo, 2002).
Diante destas características gerais trazemos como exemplo as relações de parentesco que se estabelecem entre os sujeitos pós-modernos. Os valores da modernidade em contraposição aos medievais trouxeram à tona um novo modelo de organização familiar que costuma ser chamado de família burguesa ou família nuclear - restrito ao núcleo pai-mãe-filho(s):
Nesta família, mãe e pai têm funções bem definidas: a ela caberia o cuidado com a casa, o marido e os filhos; a ele, o sustento da família através do trabalho remunerado. Os papéis públicos seriam associados aos homens, enquanto os papéis privados estariam associados a mulheres e crianças, ao mundo do trabalho doméstico e à satisfação das necessidades afetivas da família (VAITSMAN, 1994, p. 16b apud Oliveira, 2006, p. 57).
Na modernidade, a família organizava-se de forma patriarcal, hierarquizada e transpessoal. Predominava a regra do “até que a morte nos separe”, admitindo-se o sacrifício da felicidade pessoal em nome da manutenção do vínculo de casamento, a família era vista também como unidade de produção, vigorando os laços patrimoniais. A sociedade moderna traz um modelo familiar descentralizado, democrático, igualitário, passando o afeto para o lugar de mola propulsora. Deixando a família de ser compreendida como núcleo econômico e reprodutivo, avançando para uma compreensão sócio-afetiva, surgem novas representações sociais, novos arranjos familiares. O casamento deixa de ser ponto referencial necessário para a proteção e o desenvolvimento e torna-se um espaço privilegiado para que os humanos embalem os sonhos de “completude”.
Na pós-modernidade este modelo está em crise. É crescente o número de casais separados ou divorciados, madrastas e padrastos, mães e pais que criam filhos sem a ajuda de um cônjuge. A mulher, não mais confinada às atividades domésticas, conquista um espaço cada vez maior no mercado de trabalho – e culpa-se por não dedicar aos filhos a atenção que julga dever. As famílias constituem-se de forma mais ampla, recombinando laços de parentesco, incluindo novos parceiros (marido da mãe/esposa do pai) e filhos e irmãos agregados. Apesar do grande número de separações, os casamentos e recasamentos ainda prevalecem. Conseqüentemente, as relações familiares contemporâneas tomam contornos tentaculares.
A sociedade pós-moderna aponta para uma transformação radical nas condições da vida, que acentuou os sentimentos de insegurança e as incertezas quanto ao futuro. Assim, colocar objetivos distantes parece não ser a atitude mais atraente: “qualquer oportunidade que não for aproveitada aqui e agora é uma oportunidade perdida (...)” (BAUMAN, 2001, p.187). Laços e parcerias humanos caminham neste tempo dentro da lógica de qualquer outro objeto de consumo: compromissos do tipo “até que a morte nos separe” hoje são contratos do tipo “enquanto durar a satisfação”, transitórios por definição e passíveis de ruptura unilateral, sempre que um dos parceiros perceba melhores oportunidades e maior valor fora da parceria (BAUMAN, 2001, p.187). Na pós-modernidade a satisfação individual é a regra maior, tornando as relações duradouras algo inviável diante de um mundo onde a cada esquina um novo produto – ou relacionamento – pede para ser consumido.
Conclusão
Apesar dos relatos acima, não se deve tomar uma posição pessimista. A história mostra que nas relações entre a subjetividade e seu tempo, aquela acaba sempre por criar rupturas. Os sujeitos estão para além de meros indivíduos, seres passivos e subjugados por sua ordem social. Neste sentido é sempre bom lembrar que a sociedade não é um mero agrupamento de indivíduos, que não há dicotomia entre indivíduo e sociedade e sim relações entre sujeitos. A ordem social é fruto das relações que se estabelecem entre os sujeitos e pode, portanto, a qualquer momento ser pensada, modificada e reestruturada.
Referências Bibliográficas
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BAUMAN, Zygmunt. O mal estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2002.
GONZALES REY, Fernando Luis. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. Tradução de Raquel Souza Lobo Guzzo. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 290 p.
JAMESON, Frederic. Pós-modernismo: a Lógica Cultural do Capitalismo Tardio. São Paulo: Ática, 1991.
LEITAO, Carla Faria; NICOLACI-DA-COSTA, Ana Maria. A Psicologia no novo contexto mundial. Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 8, n. 3, 2003. Disponível em:
MANCEBO, Deise. Modernidade e produção de subjetividades: breve percurso histórico. Psicologia: ciência e profissão, Brasília, v. 22, n. 1, mar. 2002. Disponível em: < pid="S1414-98932002000100011&script=">
NICOLACI-DA-COSTA, Ana Maria. A passagem interna da modernidade para a pós-modernidade. Psicologia: ciência e profissão, Brasília, v. 24, n. 1, mar. 2004. Disponível em:
>. Acesso em: 20 Nov. 2007.
OLIVERA, alex vilela. Pós-Modernidade e sofrimento psíquico: análise feita a partir de depoimentos de psicólogos clínicos, 2006. disponível em <>. Acesso em: 20 Nov. 2007
Postado por Ítalo mazoni
sexta-feira, 26 de junho de 2009
campeonato de futebol. entre robôs
Como tudo começou. Em 1991, o Dr. Hiroaki Kitano (um investigador japonês em Inteligência Artificial) assistiu a demonstrações de grupos de robots nos E.U.A. e achou-as monótonas devido à lentidão e imperfeição dos movimentos dos robots. Kitano estava também preocupado com o facto de a Inteligência Artificial continuar a dedicar-se a “problemas brinquedo”, isto é, desligados de problemas reais. O workshop designado Grand Challenge of AI, que teve lugar aquando da International Joint Conference on Artificial Intelligence de 1993 (IJCAI-93, em Chambery, França), foi um dos marcos da reflexão destinada a identificar os problemas da Inteligência Artificial no futuro. Na sequência dos seus resultados, realizou-se durante dois anos um estudo de viabilidade e, em 1995, tiveram lugar os primeiros jogos de futebol robótico e conferências internacionais no IJCAI-95, em Montreal. Em 1996 teve lugar um evento preliminar em Osaka. A primeira edição "a sério" teve lugar em 1997.
Qual é o interesse? Há vários factores que tornam o RoboCup interessante do ponto de vista da investigação. Desde logo, trata-se de robótica colectiva: não temos um robot isolado, temos equipas - o que suscita muitos problemas (de coordenação e de orientação, por exemplo). Além disso, temos equipas contra equipas, competição. Temos (em algumas das competições) robots físicos autónomos (são deixados entregues aos seus próprios recursos durante o jogo, sem auxílio humano). Dada a complexidade das tarefas (e a diversidade das competições que compõem cada RoboCup), há sempre vários problemas para resolver e que exigem o recurso a uma grande variedade de novas tecnologias. Há, ainda, o facto de ser futebol: trata-se de uma actividade com grande visibilidade e que o público leigo julga por critérios de senso comum. Desse modo, os cientistas são confrontados com a apreciação de credibilidade do seu trabalho.
Antigamente os computadores jogavam xadrez... Já todos ouvimos falar de computadores que jogam xadrez e que até ganham nessa modalidade aos humanos. Não vamos entrar aqui numa apreciação crítica dessas afirmações, mas queremos lembrar apenas um ponto. A actividade de "jogar xadrez", tal como é praticada por computadores, é algo que se passa apenas "dentro da cabeça", é puro "raciocínio" ou cálculo, é meramente "intelectual". Pelo contrário, os robots "andam no mundo" físico, encontram obstáculos reais - e encontram outros robots, com os quais devem "colaborar" ou "competir". Desse modo, os desafios suscitados pela robótica - e em particular pela robótica colectiva - são muito mais complexos e muito mais ricos. Daí o grande interesse do RoboCup para a sempre renovada ambição da Inteligência Artificial.
sidarta rodrigues
Salvador>360º
Livro falado
Ao participar da cerimônia de lançamento do software Mecdaisy ferramenta que possibilita a produção de livros digitais falados para deficientes visuais o ministroda Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que o objetivo não é substituir o braille.O programa desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tem como base o padrão Digital Acessible Information System e possibilitaque alunos com capacidade de visão eduzida ou cegueira tenham acesso gratuito a livros e documentos. A tecnologia transforma texto escrito em áudio."Algumas pessoas veem a tecnologia como uma ameaça, mas a alfabetização em braille vai continuar. O que temos é mais um parceiro. Quando se trata de educação inclusiva,temos que pensar em somar e multiplicar e não em subtrair e dividir", afirmou o ministro.Além do áudio, o software oferece a opção de impressão do material em braille. Mas o diferencial, de acordo com o ministro, são recursos de navegabilidade que permitemanotações e marcações de texto a partir de movimentos de teclas de atalhos ou do mouse. É possível também mudar de página.De acordo com o Ministério da Educação (MEC), foram investidos R$ 680 mil para criar o programa. A pasta vai destinar ainda R$ 180 mil a cada um dos 55 centros deprodução. A ideia é produzir os livros didáticos distribuídos às escolas em formato acessível para deficientes visuais. O material também vai integrar o Acervo DigitalAcessível, espaço virtual criado pela Universidade de Brasília (UnB) para deficientes visuais.Segundo a secretária de Educação Especial do MEC, Cláudia Dutra, todos os estados brasileiros aderiram ao projeto do livro digital falado. O material, de acordocom ela, vai ser destinados à educação básica e ao ensino superior. "Por muito tempo, perdurou a ideia do ensino e do espaço diferenciados, mas os deficientes visuaisquerem acesso pleno em espaços comuns", afirmou.Para o estudante Neno Henrique da Cunha, o software permite 100% de interação com o deficiente visual de maneira bastante simples. Ele perdeu a visão quando tinha23 anos, ao levar um tiro no rosto durante um assalto no Rio de Janeiro. Cunha disse que teve dificuldades para aprender o braille e que o novo programa é uma alternativapara pessoas que foram alfabetizadas quando ainda enxergavam."Não estou desmerecendo o braille. Ele tem o seu espaço e nunca vai deixar de ser importante. O software é uma coisa a mais, que vem facilitar o acesso à culturae à educação", avaliou. Cunha participou dos testes realizados para o desenvolvimento do Mecdaisy e é aluno de mestrado da UFRJ.O estudante lembrou que outros programas de leitura voltados para deficientes visuais ainda são limitados. Segundo ele, é preciso recorrer a outras pessoas paraler, por exemplo, notas de rodapé e numeração de páginas.O novo programa pode ser acessado gratuitamente no endereço eletrônico www.intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy e também no portal do Ministério da Educação.Agência Brasil
Postado por: Luzia Mascarenhas.
Omegle
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Conheça suas associações mentais automáticas
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Iran Fechado
Flutter: O sucessor do Twitter.
domingo, 21 de junho de 2009
A Cibercultura e o Suicídio
“Acordo pela internet?
Nos dias de hoje, a forma mais comum de suicídio é com a utilização da internet, o que se tornou problema no Japão nos últimos anos. Homens e mulheres entre 20 a 40 anos e que se conheceram através de anúncios pela internet cujo tema é o suicício (apresentam os diversos métodos de suicídio e outras informações), marcam a data e o local para, juntos, cometerem o ato em grupo, utilizando, por exemplo, monóxido de carbono em um quarto ou um automóvel hermeticamente fechado.” (http://www.nippobrasil.com.br/2.semanal.culturatradicional/329.shtml).
“Letícia mostrou como a mídia pode influenciar comportamentos autodestrutivos exibindo uma página do Orkut (site de comunidades na internet), na qual grupos de jovens se dizem suicidas e até marcam suicídio coletivo para uma data específica deste ano. A pesquisadora lembrou que a participação da Justiça é fundamental, porque o Artigo 122 do Código Penal estabelece como crime o incentivo ao suicídio.” (http://conhecerparaprevenir.blogspot.com/2009_05_01_archive.htm).
“Quatro jovens morrem em suposto suicídio coletivo no Japão” (http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=81683).
“Internauta é preso por convocar suicídio em massa na web” (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u17963.shtml).
“No mundo virtual não há nenhuma perversão nova, apenas as velhas modalidades que já assombravam as ruas da realidade. A diferença é que, na internet, qualquer um pode exercer seu sadismo protegido pelo anonimato, na certeza da impunidade. Basicamente, a idéia é: “Se ninguém sabe quem eu sou, não só posso ser qualquer um, como posso fazer qualquer coisa”. Megan Meier, uma adolescente americana de 13 anos, foi uma vítima da mais banal das maldades, cuja potência de destruição foi multiplicada na internet. Depois de receber mensagens hostis de um “amigo” virtual no site de relacionamento MySpace, Megan subiu ao 2o andar da casa e se enforcou com um cinto no closet. Josh Evans, um garoto musculoso de 16 anos, louco por pizza, tinha dito a ela: “Você é uma pessoinha de m.... O mundo seria bem melhor sem você nele”. O detalhe: Josh nunca existiu. Era uma criação coletiva de suas vizinhas para se divertir com a menina gordinha.” (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI60229-15228,00.html).
O link do qual foi extraído o ultimo trecho é uma reportagem da revista Época sobre o suicídio do jovem Vinícius Gageiro Marques de 16 anos que foi “assistido” pela Internet. Recomendo essa leitura.
Questões:
1) O suicídio é um ato social e/ou individual?
2) O suicídio é um direito do individuo autônomo?
3) O suicídio assistido pela Internet é um crime? Como descobrir a identidade dos envolvidos?
Por Fábio.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Google espião
Google espiãoO serviço Street View pode até ser divertido - mas invade a privacidade das pessoas em diversos paísesTatiana de MelloA intenção é boa: oferecer a internautas a oportunidade de conhecer virtualmente diversas cidades de todo o mundo por meio de câmeras espalhadas pelos mais diferenteslocais. Mas o serviço Google Street View começou a dar muita dor de cabeça aos moradores das cidades filmadas - imagine, um dia, acordar e ver a fachada de sua casa,seu carro ou até a intimidade de sua família escancarados à multidão. É isso o que está acontecendo em muitos lugares e uma das vítimas desse reality show globalizadofoi o astro Paul McCartney. A frente de sua mansão, localizada em elegante bairro de Londres, foi fotografada, e as imagens, jogadas na internet. O ex-Beatle, semdisfarçar em nada a profunda indignação, ordenou que as fotos fossem imediatamente retiradas da rede.Esse é o mais recente caso entre uma infinidade deles que geraram polêmicas sobre esse serviço do Google. O Street View funciona com fotógrafos que percorrem as ruas de determinada cidade, de carro ou de bicicleta, registrando imagens em 360 graus. Elas ficam interligadas ao Google Maps e ao Google Earth e, para acessá-las, basta entrar nos mapas das cidades que têm o serviço e clicar o botão "Street View". O usuário consegue ter uma visão panorâmica dos pontos percorridos - e da vida dos habitantes também. O problema é que, muitas vezes, pessoas são fotografadas sem autorização e surpreendidas em momentos íntimos. Recentemente, um casal inglês se divorciou após o marido ter sido flagrado saindo de um sex shop.O Google já está proibido de tirar fotos na Grécia, e na Alemanha o governo exige que as imagens capturadas sejam apagadas - isso por força da lei que proíbe filmarou fotografar pessoas e imóveis sem consentimento. No Japão, o serviço foi acusado de invasão de privacidade porque as câmeras, dispostas em lugares altos, flagraramáreas privadas por cima dos muros. "Qualquer pessoa pode solicitar a retirada de imagens que julgar inapropriadas", disse o Google à ISTOÉ por meio de sua assessoria.Por enquanto, porém, os brasileiros podem passear tranquilos: não há previsão de desembarque desse serviço no País.
Postado por: Luzia Mascarenhas.
Flash Mobs
Trata-se de uma reunião organizada previamente, normalmente por emails, twitter, orkut, etc, para se fazer algo inusitado em algum local.
Exemplos disso são: combinar com 80 pessoas de atravessar uma faixa de pedestres, dar um pulo, começar a gritar, etc.
Tão rápido quanto o "mob" é feito, ele é desfeito. Evita-se aglomerações tanto antes quanto depois do evento. A idéia é que ele pegue a todos os passantes de surpresa. Imagina se você está em seu carro, parado no sinal na frente das Gordinhas de Ondina e de repente 100 pessoas atravessam a faixa pulando em sua frente?
Para os que gostam desse tipo de evento, haverá um finger gun fight no Shopping Salvador, no dia 11 de Julho, às 17h. Trata-se de um tiroteio usando os dedos. As "armas" podem ser escolhidas livremente pelas pessoas, desde metralhadoras até pistolas comuns. O combinado é que, de repente, alguém, em algum momento, "saque" uma arma e todos saquem as suas em sequência. Aquela calma que precede a tempestade ocorre, as gangues se formam, as pessoas se dividem... e começa o tiroteio. Depois do tiroteio, cada um segue o seu caminho normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Era uma idéia que estava caindo em desuso, mas resolveu reacender-se aqui em Salvador. Já rolou inclusive uma guerra de travesseiros na Barra...
Eu estarei lá, portando uma .12 =D
E sim, eu sei que é algo idiota...
Alexandre Lino, umas 3 postagens atrasado...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Vida Sexual Cibernético-real.
Nesta quinta-feira foram divulgados os resultados de uma pesquisa do Ministério da Saúde do Brasil sobre a vida sexual do brasileiro. Com boa validade externa, por sua amostra ter levado em consideração brasileiros de todas as regiões, com 8.000 entrevistas realizadas, aponta um dado interessante para a nossa observação.
Segundo a pesquisa, 7,3% dos brasileiros, numa faxetária de 15 até 64 anos, tiveram relações sexuais com parceiros(as) que conheceram na Internet, sendo que este número é maior para a faxetária que compreende os jovens, chegando a mais de 10%.
Ora, podemos fazer algumas considerações sobre este dado:
A primeira delas é o seguinte, boa parte dos brasileiros não tem acesso à Rede e vive excluída das maravilhas tecno-sexuais que a internet proporciona (e excluída de todo o resto de possibilidades cibernéticas). Com isso, se estas pessoas foram levadas em consideração na pesquisa, numa abstração medíocre, podemos subtraí-las do dado e chegar à conclusão de que, do contingente de pessoas que acessa a internet, este número pode ser bem maior, mais muito maior mesmo, e não apenas 7,3%.
A outra consideração é a seguinte: sexo envolve, como sabemos, demografia e natalidade, índices de DST e outros traços mil, para não entrar em questões mais subjetivas. Portanto, se tanta gente tem encontrado parceiro(a) pela internet e concretizado, na real, estas relações, a internet deveria ser foco de mais políticas públicas para conscientização das pessoas, principalmente dos jovens, para uma sociedade mais equilibrada, com um impacto menor de doenças sexuais e outras mazelas intrincadas na cultura sexual das pessoas.
Segue o link para a pesquisa, pra quem se interessar em Lê-la.
Luis Alberto.
Prostituta no Twitter
Para os usuários do programa mais falado dos últimos tempos, há uma "nova" sensação no ar: Dani Luxo. Com ares de Bruna Surfistinha (embora a moça diga odiar a comparação por 2 motivos: ela quem escreve suas próprias histórias; ela tem um rosto bonito, nas palavras dela), a moça ganhou mais de 1000 seguidores em dois dias com uma estratégia muito simples.
Ela postou no twitter uma foto de si mesma, só de calcinha, dizendo: se tiver mais de 50 rts (retwitts, ou comentários) nessa foto, eu posto um pouco mais. Em questão de horas, esse número já havia sido superado em muito. Como prometido, ela postou uma foto sua nua, de costas.
Uma coisa é muito válida para a Dani: a moça não está no twitter à procura de clientela, somente de atenção mesmo. Não revela seu rosto, de onde é, onde costuma trabalhar ou seus clientes. Não pega MSN, email e nem nenhuma forma de contato. Eventualmente, faz alguns mini-jogos "para animr o twitter", com prêmios como "recebe uma ligação minha por alguns minutinhos" e coisas do gênero.
Para os que só leram a parte do "mulher gostosa tira foto nua", as fotos estão nesse link.
(francamente, vocês esperavam mesmo que eu fosse colocar as fotos?)
Alexandre Lino, umas 4 postagens atrasado por falta de internet =)
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Internet em Braille.
Ascensão no capitalismo e integração com as novas tecnologias
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Revista Ponto Com
Tentei escolher um texto para comentar hoje, mas ao invés disso, deixo o link de uma ótima revista virtual, que possui várias matérias que tocam a cibercultura, principalmente em sua relação com a educação e a interação social.
domingo, 14 de junho de 2009
Ladrão de calcinhas é preso com ajuda do Facebook
Williams foi preso em abril, e de acordo com a polícia os “sumiços” de roupas de baixo aconteciam desde 2006. Nos últimos tempos, uma das maneiras que o rapaz usava para se aproximar de suas vítimas era usando o Facebook, o que ajudou nas investigações.
De acordo com a AP, o acusado se declarou culpado de todas as acusações, e além da cadeia também deverá passar por aconselhamento psicológico."
Escrito por João Brunelli Moreno às 11h10
Extraído de: http://uoltecnologia.blog.uol.com.br/arch2009-06-07_2009-06-13.html#2009_06-12_17_37_49-9542190-0
Por Fábio.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Corte de custos x Melhoria da qualidade.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Homens, Máquinas e Homens-Máquinas
Então.. estava pensando na relação do homem com a cybercultura e percebi que de modo geral o que se chama a atenção nas análises sobre o campo são as possibilidades interativas entre homens através das máquinas ou ainda o homem como algoz ou vítima da máquina. É interessante não se deixar de lado também que, envolto por essa cultura mecânica, o homem não separa-se da máquina como sujeito separado do objeto, mas ele se implica no processo e torna-se um pouco máquina, da mesma maneira que as máquinas possuem algo de humano também, não sendo eles dois oposto simétricos, como se houvesse uma cisão entre homem e máquina. A cultura da maquinalização das relações humanas, primeiramente impulsionada pelo crescimento dos grandes centros urbanos, ganha com o desenvolvimento tecnológico novos ares de requinte. Recomendo para reflexão sobre o tema o vídeo seguinte, um clipe da banda Radiohead, o qual legendei para que os não-falantes de inglês pudessem também dar-se conta de seu conteúdo de maneira mais completa. A música chama-se Packt Like Sardines in a Crushd Tin Box.
Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)
Cibercultura - Cap 5 (Monografia de graduação de Raoni Pereira)
5 VITRINES VIRTUAIS
“Days at a time pass/
In the dead of the night is when you come to me
You've got so much to say
Just spread your wings and ride
On the electric universe
Behind your computer
What do you picture when you read my
Words and thoughts and dreams?
Do they all come alive and breathe?
It's no wonder/
This is a brand new world we're on
I'd really like to meet you somewhere along...”
(Música Mystery, da banda Shadow Gallery)
Existem muitos meios de produção e comunicação no ciberespaço, mas apenas alguns atingem grande popularidade, devido à inovação e facilidade de uso. Um meio de expressão que se tornou bastante popular há pouco tempo atrás foram os blogs. Um blog é uma página pessoal, de fácil atualização pois não requer habilidades para construir o site, que é moldado por um servidor que hospeda a página, bastando o usuário fazer algumas opções estéticas e começar a escrever. Este meio permite diversas utilizações, desde blogs específicos sobre assuntos, a “diários virtuais”, substitutos modernos daquele antigo caderninho onde anotava-se os acontecimentos do dia e impressões pessoais. A principal diferença reside que os antigos diários eram guardados a “sete chaves”, enquanto os blogs permitem que qualquer um que chegue ao seu endereço o leia, e geralmente, o comente.
Os blogs com função de “diário pessoal” foram gradualmente substituídos (embora ainda existam, perderam o “apelo popular” para esta função) pelos fotologs, que além de permitirem a fácil publicação de texto, também incluem a fácil publicação de fotos e imagens. Visto que as câmeras digitais também se popularizaram em algum grau, os fotologs supriram a “necessidade” de publicação em múltiplos meios.
Todas essas formas de “ser alguém” na rede, de estar ativamente presente na produção de material na Internet, indicam algumas mudanças no que diz respeito à exposição pessoal. Ao que tudo indica, na modernidade existe uma tendência à exposição, não só na Rede, mas em todas as mídias. O exibicionismo se tornou desvelado, passou a ter uma aceitação social muito maior. O programa “Big Brother” é somente um exemplo, dentre muitos que poderiam ser citados. O desejo de aparecer na mídia parece ser uma constante, a maioria parece desejar ao menos os famosos “5 minutos de fama”, mesmo que não seja para dizer nada (ou talvez melhor ainda se não for pra dizer nada).
Se por um lado existe a banalidade nessa exposição despropositada, vejo algumas coisas positivas nesta exposição de si. Além do simples prazer de escrever sobre si, ela proporciona uma abertura emocional e intelectual, e um retorno através dos comentários das outras pessoas que acessarem ao blog/fotolog. Isto ajuda a se posicionar diante de si e do mundo, ao escrever sobre idéias e atitudes, acaba-se por repensá-las e analisá-las, e com o retorno de comentários, a localizar essas idéias diante do mundo e dos outros[1]. Isto pode levar a uma melhor auto-afirmação, e ao aprender a lidar com críticas e comentários de outras pessoas sobre sua vida, pode acabar gerando uma melhor autoconfiança. Prange apud Nicolaci-da-Costa (2005, p. 78-79) analisou os blogs e os categorizou como um gênero híbrido da escrita de si, que submete o escritor a um constante processo de redefinição das fronteiras entre o público e o privado. Ele afirma isto porque os blogs misturam três diferentes tipos de escrita de si: aquelas encontradas nos diários íntimos tradicionais, aquelas encontradas nas correspondências íntimas e aquelas da escrita de si destinada a publicação.
Vale ressaltar que nem toda página pessoal é um “diário”, e a utilização da Internet com esse fim parece ter diminuído um pouco. Existem todos os tipos de página, criadas com os mais diversos fins, sobre os mais diversos assuntos. Existem blogs totalmente amadores e outros profissionais, com milhares de visitas diárias. Existem vídeos, fanzines, desenhos, pinturas e todo o tipo de produção cultural feita por todo o tipo de gente. Consoante Goldfarb apud Tapscott (1999, p. 78), “Nenhuma outra geração tem sido mais minuciosamente educada na cultura da mídia e no uso da tecnologia da mídia como um meio de expressão do que a juventude atual”.
[1] “(...) fica claro que a escrita on-line é, de uma forma ou de outra, geralmente usada para falar de si (não importa se o que é dito corresponde à ‘realidade’ ou se é uma construção de personagens) em programas interativos. Quando o usuário está interagindo com diferentes interlocutores, esse falar de si – que, de fato, é um teclar sobre si – leva-o a ter diferentes retornos sobre o que diz. O próprio ato de escrever sobre si, agora acrescido da visão do outro ou de outros, forçosamente torna conscientes para o usuário os aspectos subjetivos sobre os quais ele e seus interlocutores discorrem”. (Cf. NICOLACI-DA-COSTA, Ana Maria. Primeiros contornos de uma nova “Configuração Psíquica”. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br> Acesso em: 9 set. 2006. p. 78-79)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Psyberterapia - Atendimento Terapêutico Mediado por Tecnologia
Esse post foi baseado numa reportagem da Revista Istoé, publicada por Mônica Tarantino.
Hoje em dia, dá pra se resolver tudo pelo computador, e portanto, não é de estranha que serviços personalizados como a terapia, já estajam conectados. Nos EUA, a psicoterapia online pode ser feita em cerca de 200 sites. No Brasil, o número é reduzido: segundo a Associação Brasileira de Profissionais de Saúde Mental Online, no máximo 20 pessoas praticam a terapia online. Porém, a expectativa é que o número de clínicas online cresça, por causa da praticidade, e pela atratividade à pessoas que não conseguem procurar ajuda ao vivo. Essa expectativa preocupa o Conselho Federal de Psicologia, que promete colocar em vigor uma resolução que só autoriza a atividade se estiver dentro de projetos de pesquisa de universidades ou organizações não-governamentais. Os usuários devem ser informados de que participam de um projeto e não pagam. Hoje, o preço cobrado pelos cyberterapeutas vai desde a metade até um pouco mais do que é pago nos consultórios, não havendo regras. O Conselho também vai criar um selo de qualidade para figurar nos sites de orientação psicológica (aconselhamento por período limitado que dá respostas objetivas às perguntas dos usuários) que obedecerem os critérios da entidade. “Nosso propósito é garantir segurança ao usuário pois existem aventureiros e pessoas sem preparo suficiente”, alerta a psicóloga Ana Bock, presidente da entidade.
Mas há terapeutas na rede imunes ao controle da entidade porque não são psicólogos. A psicanalista online Lazir de Carvalho dos Santos, 53 anos, de Paranaguá (PR), é formada em engenharia civil e fez um curso de especialização para atuar como terapeuta. Está na rede há três anos e tem seis pacientes. “Até Freud, pai da psicanálise, foi analisado por carta”, observa. O argumento não convence os que até admitem sessões por carta, telefone, e-mail ou videoconferência em situações especiais, mas se houver uma relação amadurecida antes no consultório. “A psicanálise pressupõe a experiência emocional entre o analisando e o analista e o aprendizado que se pode obter dela. Por isso a presença física do analista é essencial”, acredita o psicanalista Júlio Frochtengarten, da Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBP). Longe de consenso sobre a cyberterapia, a rede continuará abrigando idéias, convicções e sites terapêuticos de todos os tipos. Do outro lado da telinha, no entanto, vale o mesmo direito. O usuário deve sentir-se à vontade para pedir as credenciais que quiser (onde o terapeuta estudou, há quanto tempo atende, endereço, telefone e número de registro em entidade de classe, por exemplo).
Uma das poucas exigências da psyberterapia é a de que o cliente tenha alguma habilidade em expressar as emoções por escrito, já que as consultas são feitas através de e-mails ou programas de conversação silmultânea. Isso, é claro, e um computador conectado à rede.
Postado por Luisa Carolina
domingo, 7 de junho de 2009
Pelo veto ao projeto de cibercrimes - Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira.
Procurando no youtube algo para mostrar no site, achei um video sobre o projeto de lei do Senador Azeredo, que me levoua ao a baixo assinado Pelo veto ao projeto de cibercrimes.
Trecho retirado da petição Pelo veto ao projeto de cibercrimes - Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira.
"Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.
Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime. O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém! "
Os primeiros da lista:
André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.
Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre.
João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais
Links:
Senador Azeredo quer INCRIMINAR OS INTERNAUTAS!
http://www.youtube.com/watch?v=66eXnVqLX-M
Pelo veto ao projeto de cibercrimes - Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira
http://www.petitiononline.com/veto2008/
Por Fábio.