Esse post foi baseado numa reportagem da Revista Istoé, publicada por Mônica Tarantino.
Hoje em dia, dá pra se resolver tudo pelo computador, e portanto, não é de estranha que serviços personalizados como a terapia, já estajam conectados. Nos EUA, a psicoterapia online pode ser feita em cerca de 200 sites. No Brasil, o número é reduzido: segundo a Associação Brasileira de Profissionais de Saúde Mental Online, no máximo 20 pessoas praticam a terapia online. Porém, a expectativa é que o número de clínicas online cresça, por causa da praticidade, e pela atratividade à pessoas que não conseguem procurar ajuda ao vivo. Essa expectativa preocupa o Conselho Federal de Psicologia, que promete colocar em vigor uma resolução que só autoriza a atividade se estiver dentro de projetos de pesquisa de universidades ou organizações não-governamentais. Os usuários devem ser informados de que participam de um projeto e não pagam. Hoje, o preço cobrado pelos cyberterapeutas vai desde a metade até um pouco mais do que é pago nos consultórios, não havendo regras. O Conselho também vai criar um selo de qualidade para figurar nos sites de orientação psicológica (aconselhamento por período limitado que dá respostas objetivas às perguntas dos usuários) que obedecerem os critérios da entidade. “Nosso propósito é garantir segurança ao usuário pois existem aventureiros e pessoas sem preparo suficiente”, alerta a psicóloga Ana Bock, presidente da entidade.
Mas há terapeutas na rede imunes ao controle da entidade porque não são psicólogos. A psicanalista online Lazir de Carvalho dos Santos, 53 anos, de Paranaguá (PR), é formada em engenharia civil e fez um curso de especialização para atuar como terapeuta. Está na rede há três anos e tem seis pacientes. “Até Freud, pai da psicanálise, foi analisado por carta”, observa. O argumento não convence os que até admitem sessões por carta, telefone, e-mail ou videoconferência em situações especiais, mas se houver uma relação amadurecida antes no consultório. “A psicanálise pressupõe a experiência emocional entre o analisando e o analista e o aprendizado que se pode obter dela. Por isso a presença física do analista é essencial”, acredita o psicanalista Júlio Frochtengarten, da Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBP). Longe de consenso sobre a cyberterapia, a rede continuará abrigando idéias, convicções e sites terapêuticos de todos os tipos. Do outro lado da telinha, no entanto, vale o mesmo direito. O usuário deve sentir-se à vontade para pedir as credenciais que quiser (onde o terapeuta estudou, há quanto tempo atende, endereço, telefone e número de registro em entidade de classe, por exemplo).
Uma das poucas exigências da psyberterapia é a de que o cliente tenha alguma habilidade em expressar as emoções por escrito, já que as consultas são feitas através de e-mails ou programas de conversação silmultânea. Isso, é claro, e um computador conectado à rede.
Postado por Luisa Carolina
Muito bom.... Valeu pelo txt!
ResponderExcluirBom tema para discutirmos na proxima aula
ResponderExcluirera o q faltava para a psicologia de boleia de caminho ganhar seu espaço....habilidade em expressar emoções por escrito....sei....
ResponderExcluirolha, a clarice lispecotr,a virginia woolf estao mortas!