Corte de custos x Melhoria da qualidade.

É impressionante o quanto o mercado lançou mão de artifícios de tecnologia para cortar custos e despesas e, ao mesmo tempo, buscou de forma inovadora (mesmo que inoportuna) por novos clientes. Os gigantes de cartões de crédito e as operadoras de telefonia que o digam.

Muito dos atendimentos de hoje se dá por site e através de telemarketing, o que sinaliza o definhamento do atendimento presencial, sobretudo para produtos tidos como característicos da cultura de massa.

Executar serviços tem se tornado cada vez mais barato para estas empresas com o advento da Rede, por que o espaço é propício às iniciativas independentes: cria-se um site bem estruturado e com recursos de programação com os quais se podem executar tarefas complexas, e só aí já se economiza fortunas com formulários impressos, pessoal e tempo.

Para o cliente é também vantajoso esta celeridade que a Rede oferece, por que, ao invés de esperar por uma semana a chegada de uma segunda via de uma conta qualquer, basta imprimi-la, depois de tê-la feito Download.

Porém, parece-me que toda esta utilização de tecnologias insurgentes pelo mercado (digo: do lado de lá, pra quem lhe vende algo) é um mero artifício, primordialmente, de corte de custos, e, em último caso, que intenta levar uma melhoria na qualidade dos atendimentos.

O pior de tudo é observar que a sociedade tem feito pouco para a preservação da qualidade de atendimento num geral. Talvez por que seja trabalhoso reclamar e por que 'alguém' vai fazer por você. Fiscalizamos muito mal e somos coniventes. Daí você compra um serviço, paga bonitinho por ele e quando precisa falar com um ser humano de verdade para auferir orientação ou cancelar assinatura, quase sempre se esbarra em tecnologias vagabundas que não dão conta da emergência de uma realidade mais rica e...

Fale o motivo da sua ligação (...) Desculpe, não entendi, a Tim agradece a sua ligação (...) Tim, Tim, Tim, Tim, Tim, Tim!

Luis Alberto.