domingo, 31 de maio de 2009

METAMORFOSE DOS PCs


PCs são modificados para usufruir das potencialidades do Windows Vista: controle por tela sensível ao toque, central de gravação multimídia, conexão com redes sem fio, com aparelhos Bluetooth, com vídeo games Xbox 360 e com portáteis. De acordo com a matéria, as modificações nos PCs, com o advento dos processadores de 4 núcleos, equipará essas máquinas para uso doméstico. Aparelhos como o TouchSmart e o VGX-TP1 foram desenvolvidos para tornar possível tais planos. Em breve todos os cômodos da casa estarão interconectados e conectados com a internet.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21422.shtml
por Fábio.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cibercultura - Cap 4 (Monografia de graduação de Raoni Pereira)

4 UM NOVO EU

 

“Sob a bandeira dum regresso a Freud, Lacan insistia que o ego é uma ilusão. Com isto ele estabeleceu a ponte entre a psicanálise e a tentativa pós-moderna de retratar o eu como um domínio discursivo, e não uma coisa real ou uma estrutura permanente da mente humana.” (Sherry Turkle. 1997, p. 263)

 

Se o ego é ilusório, a aparente experimentação de diferentes formas de  personalidade na Internet pode ser na verdade diferentes apresentações do Eu, da multiplicidade que habita em todos os seres humanos e que, na rede, podem apresentar-se de modos distintos. E isso não ocorre apenas na Internet, em muitos espaços no mundo físico estamos constantemente entrando e saindo de personagens, em cada ambiente e interação estamos representando papéis diferentes. A Internet apenas colabora para essa visão da identidade como múltipla, pois nela uma pessoa pode ser “muitos” mas continua sendo ela mesma.

A idéia de que o ego é uma multiplicidade de partes, fragmentos e conexões de desejo, ao invés de algo único e imutável já foi apresentada há algum tempo ao mundo por autores como Lacan, Gilles Deleuze, e Félix Guattari, mas o ciberespaço proporciona a vivência dessa multiplicidade de uma forma mais próxima, ajudando ao reconhecimento desta característica. Turkle (2004), através da análise de comportamentos de alguns usuários da Rede, percebeu que a vida “virtual” pode ajudar as pessoas a se situarem no espaço entre as “várias identidades” e ainda se sentirem integradas, a verem a multiplicidade e ainda se sentirem uma unidade. O próprio sistema Windows, com seus programas rodando ao mesmo tempo em janelas que podem ser alternadas, serve como uma metáfora deste ego distribuído, que existe em muitos mundos e desempenha muitos papéis ao mesmo tempo e “o ciberespaço, entretanto, traduz essa metáfora em uma experiência viva de alternância” (TURKLE, 2004).

A constituição da identidade (individual e coletiva) e formação da personalidade sempre foram de vital importância para o bem-estar e saúde mental do sujeito, sendo a base de significado social desde as primeiras sociedades humanas, mas conforme Castells (2003, p. 41) com a “desestruturação das organizações, deslegitimação das instituições e enfraquecimento de importantes movimentos sociais e expressões culturais efêmeras” deste período histórico em que vivemos, a identidade tem se tornado a principal (e às vezes única) fonte de significado para o sujeito, visto que “Cada vez mais, as pessoas organizam seu significado não em torno do que fazem, mas com base no que elas são ou acreditam que são”.

No passado as pessoas eram mais ligadas a uma única postura/personalidade, porque eram mais próximas de comprometimentos sociais, como a comunidade e a família, possuindo poucas válvulas de escape, onde pudessem apresentar outros lados da sua psique. Hoje em dia, é até exigido que se tenha comportamentos diferentes em diferentes situações, e nesse sentido a Internet funciona como um importante laboratório.

É importante diferenciar as múltiplas identidades adotadas na Internet da desordem de personalidade múltipla, o mecanismo de defesa que por vezes é ativado em conseqüência de um trauma severo. Nas múltiplas identidades adotadas, não há uma dissociação entre uma identidade e outra, nem das identidades e o senso de si da pessoa, mas uma idéia de coletividade integrada (TURKLE, 2004). Conforme Turkle apud Tapscott (1999, p. 92-94), personalidade múltipla refere-se a autodestruição, o oposto do que ocorre quando pessoas usam identidades múltiplas na Internet, o que é visto como uma mudança positiva de conceito sobre a idéia que temos de personalidade única.

Na modernidade os lugares e papéis não estão mais definidos, devem ser buscados por cada um. Nesta busca, muitas vezes as pessoas apresentam um constante desejo de mudança, por vezes dificultada pelos mais diversos motivos no “mundo físico”, mas que pode ser rapidamente executada na Internet. Se está cansado da sua cara, você poderia cortar o cabelo no “mundo físico”, mas isso poderia implicar em sua namorada gostar menos de sua aparência, por exemplo. No mundo “virtual”, você simplesmente pode adotar uma nova foto para sua aparência no Orkut[1]. Pode parecer banal, mas uma vez que aquela foto é “você” no Orkut, é como as pessoas o vêem, trata-se de uma espécie de mudança de si mesmo.

A liberdade de “ser quem quiser” proporcionada pela Rede é tanta que várias pessoas[2]  que se sentem mais elas próprias quando estão “online” do que “offline”, embora isso possa parecer contraditório. Muitas vezes, este sentimento de proximidade não é como que estas pessoas pensam ser, mas com o que gostariam de ser. No ciberespaço, muitas vezes as pessoas encarnam o seu ideal do eu.

Porém, a Rede, em seu caráter de coletividade, entra em conflito direto com o tradicional individualismo ocidental, abalando a própria concepção de ser. Conforme o psicanalista social Barglow apud Castells (2003, p. 58-59), a mudança das tecnologias mecânicas para as tecnologias da informação está subvertendo o tradicional conceito de identidade individual baseado na soberania e auto-suficiência. Porém, como Castells aponta, não são somente os ocidentais individualistas que partilham dessa crise de identidade gerada pela globalização e conectividade, os orientais também dão sinais dessa crise. Touraine apud Castells (2003, p. 58) entende que, tanto que a defesa da personalidade e cultura do sujeito contra a lógica dos aparatos e mercados aparece como possível substituto da idéia de luta de classes.

            Para Bauman (1998, p. 155),

 

 

(…) atualmente, o problema da identidade resulta principalmente da dificuldade em se manter fiel a qualquer identidade por muito tempo, da virtual impossibilidade de achar uma forma de expressão da identidade que tenha boa probabilidade de reconhecimento vitalício, e a resultante necessidade de não adotar nenhuma identidade com excessiva firmeza, a fim de poder abandoná-la de uma hora para outra, se for preciso.

 

 

Ou seja, estamos aprendendo a nos tornar muitos, mas perdendo a estabilidade da noção de si, sem ter ao que se prender, visto que essas multiplicidades do ego são fluidas. Para Bauman (1998, p. 155), isto estaria nos revertendo

 

 

à central e mais dolorosa das ansiedades: a que se relaciona com a instabilidade da identidade da própria pessoa e a ausência de pontos de referência duradouros, fidedignos e sólidos que contribuiriam para tornar a identidade mais estável e segura.

 

 

            Penso que esta é uma área que permite muitos estudos a serem realizados pela psicologia. O reconhecimento desta nova concepção de si, a fragmentação de um ego único em uma multiplicidade estaria proporcionando uma melhoria no relacionamento consigo mesmo e com o mundo, ou pelo contrário, estaria deixando o sujeito à deriva, sem ter ao que se prender para definir a si mesmo e aos outros?



[1] Site de relacionamentos, que possibilita a criação de uma rede social com os contatos de uma pessoa, ajudando a manter relacionamentos e criar novos, em torno de “comunidades” (fóruns) sobre os mais diversos assuntos. Muito popular no Brasil, no momento em que este trabalho é redigido, com 64,57% de seus membros acessando deste país. (Disponível em: Acesso em: 11 set. 2006)

[2] Além da minha experiência pessoal de ter conversado com diversas pessoas que afirmaram isto ao longo do tempo, existem depoimentos em Turkle. (Cf. TURKLE, Sherry. A vida no ecrã: a identidade na era da Internet. Lisboa: Relógio D’água, 1997, p. 264)

O e-mail e a carta


Desde que tenho acesso livre à internet em minha casa tornei-me um adepto instantâneo do e-mail e para mim ele tem sido tão comum na minha vida que não mais percebo o quão é fantástica. Como diria Caetano Veloso, sou cego de tanto vê-lo. O ritmo da sociedade contemporânea é tão just-in-time e cada vez mais as linhas de comunicação se cruzam e conectam que só podemos perceber claramente de fato o ritmo de vida que a modernidade nos trouxe nos afastando dele. Uma experiência numa pequena vila, no mato, ou em qualquer outro lugar que tenha um ritmo de vida mais lento pode mostrar do que falo. No filme Adeus Lênin!, por exemplo, podemos perceber essa questão quando ele mostra claramente o ritmo veloz da vida capitalista na Alemanha Ocidental em contraste  à estabilidade e lentidão no comunismo na Alemanha Oriental, de domínio soviético. Não é necessário que se recorra à oposição capitalismo-comunismo para que se faça essa comparação, mas ainda assim o exemplo é muito válido. Podemos pensar no advento recente do celular também. Antes todos resolviam suas ligações antes de sair de casa e em pouco tempo esqueceram esse hábito, passando a ser imperativo o just-in-time, o imediatismo do nosso cotidiano. Queremos o mundo e queremos agora, como dizia o Jim Morrison.
Pude perceber um resquício desta experiência ao preparar minha documentação para uma viagem de estudos que farei. Ao contrário da tendência quase global de digitalização, o local onde estudarei me requisita que eu envie a maior parte da documentação necessária por correio postal. Nesses últimos dias tenho percebido a diferença de tempo e o medo do extravio... Experiência a qual, para um usuário constante do e-mail, é complicada, diga-se de passagem. Enquanto o email destinatário poderia ser colocado com um Ctrl+C Ctrl+V com toda a certeza de que estava correto, tenho escrito no envelope os endereços. Minha atenção para que o endereço não seja errado fica no limiar da Neurose Obsessiva!! (hehehe) Fora isso tem ainda a questão de que há um risco de que ela extravie e eu não saiba ainda que ela seja uma carta registrada, pois o acompanhamento online da carta só é feito em território nacional e a partir do momento que elasai do país fico sem noção alguma do seu paradeiro. Tenho tentado checar por e-mail a recepção dos envelopes com a pessoa responsável, o que mostra claramente meu apego a este meio de comunicação. Espero que sejam poucas as experiências como essa que eu passe novamente. A vida sem e-mail é lenta e difícil realmente...

Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Microsoft em "rede antissocial"

Pessoal, olhem só que interessante essa nova da Microsoft (leiam também os comentários):

http://info.abril.com.br/noticias/internet/ms-bloqueia-messenger-em-paises-do-mal-23052009-5.shl

Abraço,
Camila

domingo, 24 de maio de 2009

Nerd Humor




Postado por: Gabriela C.

Política, eleições e internet.


Após uma busca rápida pelos sites sobre o tema supracitado, encontrei que os EUA, mais uma vez, saíram na frente em relação à utilização da internet como meio de participação na política do país.  Nas eleições de 2008 de Barack Obama mais da metade dos americanos - cerca de 55% deles - firmaram suas decisões políticas  utilizando a internet como fonte de informação e para compartilhar material sobre a campanha eleitoral de 2008.

Não me refiro somente à possibilidade de votar pela internet, que tornou praticável os eleitores do interior, bem como, os americanos estrangeiros votarem sem sair de suas casas, mas da participação dos cidadãos, da formação de um voto, da formação de uma opinião.

Essa participação se dá através do partilhamento de conteúdo político por e-mail, sites, pela utilização de facebook e congêneres para divulgação de propósitos políticos e pelas campanhas eleitorais divulgadas pela internet.

Não cabe à internet ser utilizada como mais uma mídia nos mesmos moldes da mídia televisiva. Em minha opinião os políticos que utilizam a internet como mais um meio de divulgação de propagandas e discursos, incorrem em erro.

A internet serve muito pouco a esse tipo de Merchandising, de forma que propagandas e discursos no youtube perdem importância quando comparados com o grande poder de convencimento da mídia social, em que pessoas emitem e trocam opiniões a respeito de determinado político e sobre determinada campanha.

http://opiniaoenoticia.com.br/vida/tecnologia/para-eleitores-americanos-web-e-a-fonte-mais-confiavel/

http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3706944-EI4802,00-Internet+foi+decisiva+nas+eleicoes+dos+EUA+diz+pesquisa.html

Postado por: Gabriela C. 

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Geração digital e os efeitos da cibercultura


Recentemente o jornal O Globo publicou uma matéria sobre os "Nativos Digitais" - aqueles que nasceram já na era da cibercultura - e as diferenças entre estes e os "Imigrantes Digitais", aqueles que tem que se 'adaptar' às novas tecnologias:

 Nativos digitais já estão dominando o mundo e transformando a forma como o ser humano se comunica

 Mais interessante que a matéria em si foi um link para um interessante blog "ciberculturístico" que eu não conhecia: digital_nation

 Dentro dele, há uma apresentação interativa sobre os "nativos digitais" e as mudanças que a tecnologia trouxe, com informações embasadas em pesquisas científicas linkadas diretamente. Tudo em inglês, mas quem puder não deixe de conferir.

 Postado por: Raoni

O MUNDO VIRTUAL É REAL?


Em resposta ao Dr. Psiquiatra...



Transcrição do txt destacado (POST 01) - Sandrinha diz: "bjos meu anjo da guarda / fui vou pra uma balada hoje vem comigo? / rsrsrsr / vou mudar por mime pq quero vc!!!! / e voiu tern / bjossssssssssssssssss"


Transcrição do txt destacado (POST 02) - Andréia diz: "Foi por conta de coisas como essa que eu te excluí da última vez: 'bjos meu anjo da guarda / fui vou pra uma balada hoje vem comigo? / rsrsrsr / vou mudar por mime pq quero vc!!!! / e voiu ter / bjossssssssssssssssss' Mas fiquemos em paz, afinal, 'é de se entregar o viver'. Que este de agora e tbm os que virão sejam menos turbulentos para ti. Adoro vc e quero tê-lo por perto mesmo que numa nova configuração. 'pra nós tod amor [casto] do mundo' Lembra?! Brincadeirinha. Um beijo do meu tamanho: pequeno, porém gigante."


Transcrição do txt destacado (O MUNDO VIRTUAL É REAL?- Ítalo Mazoni diz: 


"O mundo virtual seria um mundo real? Ouvi um psiquiatra essa semana, em situação terapêutica, dizer que não... Como não? O mundo virtual aqui sitiado guarda para mim neste instante uma materialidade quase tão concreta quanto a pele que roça no fervor do êxtase sexual... Neste espaço onde, disse ele, não estava presente um processo social mais concreto, acabo de dançar em par com sentimentos tão vívidos... Tão como aqueles vividos enquanto roçavam-nos as vidas... Acabo de me modificar tão profundamente, a ponto de fazer escolhas... De ser um desterritorializador de mim mesmo... Acabo de ser historicamente, carnalmente um Deus de mim mesmo, um pleno de vontade de poder, um Ulisses, um escritor, um estudante de escola pública, sem parentes importantes e vindo do interior... Como pode esse mundo não ser real, se aqui tudo isso é possível? Até mesmo eu abrir a Wikipedia e aprender com um senhor Deleuze  (http://en.wikipedia.org/wiki/Virtual)  que o virtual não é o oposto do real. Que aquilo que não é possível não é real! Que o atual é o virtual, aquilo que é e está presente... Aquilo que se corporifica... Que se torna ação... Tudo isso vindo de um lugar no agora... No instante em que tenho com o mundo... Que é lá, mas que digito aqui; ou que é aqui, mas que digitam lá." 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Transformando 2D em 3D

Muito interessante. Estudantes da Carnegie Melon University criaram um programa que permite transformar imagens bidimensionais em tridimensionais a partir de uma infinidade de cálculos para produzir distorções nas imagens. Ele pode ser pensado como uma versão alternativa um pouco mais complexa que o novo recurso do Google Maps de vista das ruas. Veja o vídeo de demonstração:


Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)

Internet e as mensagens subliminares


New Jersey, 1956. Jim Vicary instalou num cinema local uma máquina chamada taquicoscópio. Tal aparelho consistia num projetor alternativo ao do filme que exibia mensagens quase imperceptíveis à consciência humana, mas que teriam, segundo as crenças de Vicary, um efeito inconsciente, abaixo do limiar de consciência, subliminar. Segundo seu experimento, um número significativo de pessoas havia respondido positivamente aos apelos das mensagens subliminares, tendo aumentado as vendas dos produtos aos quais o consumo deveria ser induzido. Exibia frames de 1/24 segundos com mensagens como "Drink Coke" ou "Eat Pop Corn". Tal experimento tornou-se lenda e existe hoje um fetiche muito grande pairando sobre as tais mensagens subliminares.
Primeiramente é preciso lembrar que Vicary admitiu anos depois ter fraudado resultados para dar maior visibilidade à sua "descoberta". Ao mesmo tempo, por outro lado, o fato dele ter engordado suas estatísticas não implica no fato de que a subliminaridade não existe. Em segundo lugar deve-se pensar também que o fetiche sobre as mensagens subliminares, por conta da própria experiência do Vicary, nos leva a crer que elas existem apenas a título de manipulação maléfica e promoção do consumo, o que é falso. É possível utilizá-las também, por exemplo, como um apoio à linguagem cinematográfica, como diversos diretores o fazem como David Fincher em o clube da luta. A questão é que elas induzem certos símbolos à cognição humana, o que pode ou não gerar resultados muito diversos, a  depender do nível de suscetibilidade a tais mensagens.
Do cinema aos computadores muita coisa se passou e as formas de se produzir video mudaram muito. Com o advento da internet e dos websites começou-se uma corrida no sentido de quem dominaria de maneira mais pungente o mercado das tecnologias visuais: veio o gif, onde o animador deveria produzir cada quadro e sobrepô-los em sequência sem áudio. Depois de algum tempo a Macromedia lança a tecnologia Flash XML, que rapidamente deslancha no mercado ao ponto que hoje podemos encontrá-la em praticamente todas animações da internet. Agora com som e trava que impede o usuário do site copiar o arquivo da animação. Do taquicoscópio com 1/24 quadros/segundo chegamos a uma outra tecnologia que permite a inserção de quadro a 1/3000 quadros/segundo e ao mesmo tempo não permite a identificação de tais mensagens tanto por sua velocidade quanto pelo usuário não poder ter acesso ao conteúdo, como se tinham na geração gif. Não sei direito aonde isso nos leva, mas é uma boa questão para se pensar.

Referência: (????) CAMPOS, R., ROBLES, S., CALAZANS, F. Flash MX como instrumento para inserção de conteúdo subliminar em animações aplicadas a web. Intercom

Se se interessou pelo tema veja este vídeo interessantíssimo (todo em inglês britânico) de um famoso apresentador da TV inglesa quase desconhecido no Brasil, Derren Brown. Neste vídeo ele convida dois membros de uma agência publicitária a criar uma propaganda com um tema proposto por ele e depois mostra um desenho que havia feito anteriormente prevendo os resultados. No fim do vídeo ele mostra como havia induzido os publicitários.



Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Falsos especialistas

Olá para todos. Nesse post gostaria de desabafar sobre uma temática que está me incomodando desde uma discussão sobre cibercultura e ciberespaço que aconteceu numa jornada que participei essa semana.

Não vou me aprofundar nos assuntos abordados, mas manifestar minha indignação com aqueles que dizem-se especialistas sobre internet e cibercultura. Mestres e doutores que supostamente estudam e chegam a conclusões sobre o mundo virtual, mas que claramente entendem pouco do assunto. São aqueles especialistas que dizem-se especialistas apenas por conhecer indiretamente a internet, ler e teorizar sobre o ambiente virtual a partir de outras leituras e teorias de terceiros, mas que nunca tiveram o trabalho de familiarizar-se com a internet antes de dizer entendê-la.

Nessa jornada que participei, um dos doutores que debatiam a temática na mesa redonda trouxe uma apresenção para ser mostrada no projetor. Um apresentação desorganizada e feita no word claramente demonstrando sua pouca familiaridade com as ferramentas do windows. Agora pergunto eu, qual deve ser o grau de familiaridade que uma pessoa dessas deve ter com computadores e consequentemente com a internet? Essa pessoa tem legitimidade para dizer-se especialista em algo que provavelmente apenas conhece na teoria, praticamente não tendo experiência prática de vivência e convivência na internet?

Só para citar um exemplo. De repente um especialista ouve falar sobre uma tal ferramenta online e como esta ferramenta funciona, e então começa a formular mil e uma possíveis utilizações "não desejadas" dessa ferramenta. Porém quem utiliza a ferramenta todos os dias e já é familiarizado com ela sabe que na prática as coisas não são bem como na teoria e que o ambiente anárquico postulado pelo suposto especialista não condiz com a realidade dos fatos.

Pois é, fica registrado...

Postado por Leandro

Terceira Idade no Twitter

Hoje descobri o Twitter da possível mais velha utilizadora da ferramenta. Ivy Bean tem 104 anos e quebrando todos os esteriótipos da terceira idade tem sua própria página no Twitter. Aparentemente Ivy utiliza sua página para falar de sua experiência e de sua vida.



Pessoalmente acho esta notícia bastante empolgante. Nós, na condição de estudantes de psicologia, sabemos que apesar de não ser um fator decisivo, o avanço da idade acompanha uma tendência do individuo de não socializar com "novidades". É interessante observar que, apesar disso, tanto jovens e adultos quanto idosos vêm familiarizando-se cada vez mais com o ambiente virtual.

Para acessar o Twitter de Ivy Bean clique aqui.

Postado por Leandro

segunda-feira, 18 de maio de 2009

CRIANÇA NA INTERNET: AS INTERAÇÕES INTERINDIVIDUAIS EM AMBIENTE VIRTUAL

Amigos, segue o link de um artigo que encontrei referente a um dosassuntos da próxima aula: infância e internet.Os estudos apresentados nesse artigo fazem parte da Dissertação de Mestrado"CRIANÇA NA INTERNET: constituindo a coletividade em ambientes virtuais",da autoria de Sílvia Meirelles Leite e com a orientação de Patricia Behar.Abaixo, também segue o resumo.
CRIANÇA NA INTERNET: AS INTERAÇÕES INTERINDIVIDUAIS EM AMBIENTE VIRTUAL
Resumo:Neste artigo, proponho-me investigar o processo de interações interindividuaisde crianças em ambiente virtual, acompanhando a constituição da coletividadeatravés do CRIANET (CRIAnça na interNET).O CRIANET é um protótipo de plataforma de software voltado ao trabalhocoletivo com alunos de séries iniciais. Este integra ferramentas para acomunicação síncrona e assíncrona e oportuniza o encontro dos participantesatravés da rede. Dentro disso, realizou-se um trabalho com crianças,alunas da terceira série do ensino fundamental, voltado à coletividade, no qualacompanhou-se a efetivação das trocas entre os sujeitos. Para tanto,fundamentei-me no interacionismo piagetiano, tecendo também com as reflexõesde Lévy sobre as Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação.Com esses pressupostos, constituiu-se um olhar que possibilitou realizara implementação da plataforma usada e as análises apresentadas.Isso remete ao respeito do desenvolvimento cognitivo dos participantes,ultrapassando a visão da criança como um mini-adulto.A leitura desse processo contribuiu para o entendimento da inserçãodo público infantil na Internet, consolidando-a enquanto um meio de comunicaçãoque favorece a transversalidade e a reciprocidade.
Link:www.cinted.ufrgs.br/renote/fev2003/artigos/silviam.pdf
Luzia Mascarenhas

ONG Safernet

Não pude postar ontem devido a problemas com internet.

Pesquisando sobre “ética na internet” encontrei uma ONG dedicada à promoção dos Direitos Humanos e proteção na internet chamada Safernet. Ela tem se dedicado a denunciar crimes virtuais (a pornografia infantil, a apologia aos crimes contra a vida, o neonazismo etc. ) e tem iniciado projetos preventivos, com ações educativas e campanhas de orientação sobre boas maneiras nas relações virtuais e noções básicas de Direitos Humanos.
Os administradores da ONG acreditam que proibir não educa nem prevê os crimes virtuais, e que o diálogo e a orientação ainda são as melhores tecnologias para proteger os internautas.

Link: http://www.safernet.org.br/site/

Achei também uma reportagem do Fantástico sobre crimes virtuais. Eles mostram um garoto que vai ser processado por atentado violento ao pudor, por apologia ao estupro. Detalhe que o “delinquente” afirma não conhecer o significado da palavra estupro, presente na letra de uma música de funk que ele colocou no seu perfil do Orkut.
Um dos integrantes da ONG Safernet afirma que 93% das 165 mil denuncias é relacionada a comunidades do Orkut.
Em oposição à política da Safernet de educar em vez de punir, a reportagem do Fantástico coloca uma delegada para nos lembrar das possibilidades de punição por crimes virtuais (Novidade!).
“Ali não é um local que se pode fazer tudo. Ali você também está sujeito as regras, você está sujeito a lei e você pode, sim, ser punido.”
Além disso, afirma a intensificação da repressão aos crimes praticados na internet.
Repressão nunca funcionou, não é agora que vai funcionar. Compartilho a opinião da Safernet quanto a educação pode reduzir os crimes com consequências diretas, como pegar um vírus pelo computador e ser sequestrado em encontros marcados pela internet, mas não os com consequências indiretas como a apologia.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=Okr4kdEzrMU&feature=related
Por Fábio.

domingo, 17 de maio de 2009

Presunto Condimentado

Todo mundo odeia um desses...

Você abre seu email e lá consta "13 mensagens não lidas". E quando você começa a pensar que é uma pessoa querida, lá está sua lista:

- fw:Guia do Orgasmo feminino
- fw:Fique rico agora!
- Ofertas.net facilita sua vida
- Olha essas fotos
- [psicoufba]aula de Tep
- fw:fw:fw:fw:NOVA FORMA DE ASSALTO (cuidado)
- fw:fw:fw:Gente, leiam iso, é sério, repassem
- etc

Hoje em dia, a maioria das pessoas só abriria um único desses emails, enquanto os outros seriam sumariamente enviados para a lixeira. Eu sempre me perguntei de onde vinham esses emails. Quem foi o imbecil que teve a idéia de perder seu tempo criando uma maneira (normalmente ineficaz) de se propagandear algo?

Eu compreendo que os SPAMs (Spiced Hams, ou presuntos condimentados) tenham sido utilizados a princípio como maneira de divulgar coisas. E consigo compreender também que possam ser usados na propagação de vírus do estilo "Cavalo de Tróia" (programas que facilitam a invasão de seu pc por terceiros). Mas isso só engloba parte das mensagens.

E os emails do tipo "Maria Sanguinolenta" (que eu já admito que repassei uma única vez, aos 12 anos de idade) que contam uma história de terror e dizem que se você não repassar adiante para 10 pessoas será atacado durante a noite? E as (falsas) histórias de agulhas com AIDS nos bancos do cinema Multiplex, ou ainda da morte do pai d Luana Piovani bebendo cerveja na latinha, ou quem sabe uma nova forma de assalto?

O que essas pessoas esperavam conseguir? Qual o intuito delas?

Os tipos existentes de Spam, são: estelionato, propaganda, boatos, correntes, golpes, ofensivos e de programas maliciosos.

Desses, os mais perigosos são os de estelionato, golpes e programas maliciosos. Todos eles tem a mesma idéia: arrancar a (normalmente pouca) grana de seu bolso. Os estelionatos são aqueles que pedem para você preencher dados no site X, para livrar seu nome do SPC. Golpes pedem que você participe de um esquema onde todos saem lucrando, é só você transferir uma certa quantia e dinheiro para fulano de tal que ele te transfere o dobro depois. E os programas maliciosos normalmente vem disfarçados como fotos (que você não pediu) que alguém te envia. A grande surpresa aqui é que podem ser pessoas de seus contatos que mandam esse tipo de email para você. Quem usa Orkut já viu isso acontecer, algum contato seu com quem você não fala há muito tempo te manda um recado dizendo "Olha esse vídeo, é a sua cara!"

Eu tenho a minha própria maneira de combater isso. Eu sempre respondo à pessoa perguntando se foi ela mesmo que me mandou o vídeo ou se foi algum vírus. Meus amigos mais próximos, que conhecem essa minha política, já mandam o email ou recado com alguma informação pessoal, provando que é quem é, para agilizar o processo. "Olha esse vídeo! E pra provar que eu sou eu mesmo, ontem à noite comemos acarajé".

Parece meio paranóico, mas eu faço isso porque tive um probleminha com esse tipo de coisa. Eu usava o computador de trabalho de meu padrasto, quando estava baixando um jogo pela internet, mas não tinha o crack dele (um programa que te permite usar o jogo, mesmo que ele tenha proteções). Um belo dia eu recebi um email com uma oferta onde eu podia baixar jogos de graça, já com seus devidos cracks. Eu cliquei sem hesitar nesse link, até que meu pc foi atacado por uma profusão de sites pornôs.

Abriam mais sites pornográficos do que os que eu conseguia fechar. Foi terrível. Eventualmente meu padrasto descobriu e foi uma vergonha aqui em casa... E nas festas de família, com ele sempre comentando rindo que um dia vai no computador e eu estou lá com um monte de site pornô aberto.

Tomem cuidado com os emails e recados, um dia pode dar merda para o lado de vocês também.

Alexandre Lino

quinta-feira, 14 de maio de 2009

GUERRA DOS BROWSERS

Desde o Internet Explorer 4, que foi o empreendimento sério mais longínquo de morada da Www, até o Google Chrome, que hoje é o caçula dos navegadores, as brigas para se ter um domínio do mercado foram seríssimas e não só se referiram a correria de uma empresa de TI para colocar à disposição um navegador mais eficiente e atraente, mas a história conta com chantagens, subornos, ofensas, guerras declaradas de uma empresa a outra etc.

Também pudera, o browser se tornou um aplicativo dos mais importantes com a escalada da rede. Na minha vivência profissional, há tempos não instalo um computador apenas para serventias offline. O mundo se comunica na Rede basicamente via Browser.

Dois tiros disparados pela Microsoft que erraram o alvo foram o Windows Vista e o Internet Explorer 7. A Microsoft cogitou, talvez, a evolução mais acelerada das plataformas de Hardwares dos usuários médios do mundo da Rede e desenvolveu aplicativos lerdos, lentos e que requerem fatias grandes de RAM para um funcionamento adequado.

Não entremos nos deméritos do Vista.

Embora se tenha pensado em mais segurança para a navegação na rede, o IE7 é um elefante cinza feio e lerdo, que só trouxe o mecanismo de abas como inovação para a exploração da maioria dos usuários, que não está nem aí para desbravar aquelas funções que exijam muitos cliques E utilização de muitos neurônios. Uma lástima.

Daí vem o Google Chrome, que facilita sua vida até a última ponta, em termos de evolução de browser. Além de mais leve, com a novidade ‘janela anônima’, ele vem com o mesmo princípio de abas do IE7 e mais, você digita WWW e deixa o Google chrome fazer o resto por você. Um aplicativo que investiu bastante em Usabilidade, com o qual a Microsoft deveria aprender.

A Google tá levando tão a sério o Browser que recentemente anunciou na televisão japonesa o seu navegador, em horário nobre, num comercial de 40 segundos. O comercial é engraçado por que sugere a devastação da inutilidade de tralhas demasiadas nos navegadores, para, no fim, se ter um produto simples e eficiente.

A história da briga entre a Netscape e a Microsoft, em meados da década de 90 é intrigante. Temos uma empresa que peitou a Microsoft e tomou para si quase todos os usuários da WWW após ter conseguido fazer um aplicativo que transpusesse a blindagem de programação do Windows 95, fazendo seu browser rodar nesta plataforma. Pagou o preço da ousadia!

Abaixo segue o link para Download de um documentário bem legal sobre a Guerra dos Navegadores em seus primórdios e outro que mostra o comercial do Google Chrome na Tv japonesa.


Baixe o documentário aqui.

Assista o comercial aqui.


Luis Alberto.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Os serviços do Google

Estava cursioso quanto à diversidade de serviços oferecidos pela Google e cheguei a uma lista enorme que nos mostra o tamanho do potencial desta empresa tão bem adaptada ao mercado de informações. Ao lê-la me dei conta do uso mínimo que faço das ferramentas desta empresa, percebendo a diversidade de públicos cada vez mais específicos que a Google alcança. Desde a ferramenta clássica de busca, passando por este blog, email, programas para ver a lua, marte, o céu, a Terra, as ruas, armazenamento de arquivos, e geração de websites, até um programa de modelagem 3D do estilo AutoCAD. Fico imaginando o quanto a Google me parece à frente da Microsoft no sentido de seu ritmo de crescimento e se ao mesmo tempo, apesar de toda competitividade, o ramo de sistemas operacionais foi legado à Microsoft. Ao mesmo tempo que lançou, por exemplo, um navegador, o Google Chrome, o desing do Windows foi respeitado, bem como é uma de suas prinicpais plataformas e não me parece que pelo menos nos próximos anos haja uma perspectiva de que a Google entre neste mercado.
São dois modelos de negócio bastante distintos ao que me parece. Enquanto a Microsoft tem uma forma de agir mais paranóica, se fundando principalmente num copyright que combate uma pirataria inevitável dos seus Windows e Offices pagos e caros (apesar de oferecer também serviços gratuitos como MSN e Hotmail), o modelo de negócios da Google é muito mais adequado à volatilidade da informação, permitindo com seu modelo esquizo acesso gratuito, legal e massivo aos seus principais serviços e através deles catalogando muito bem o mercado e lucrando muito com anúncios ao mesmo tempo que permite que os usuários contribuam significantemente com suas ferramentas, a exemplo das fotos dos usuários do Google Earth. Melhor que o Google só se todos os softwares fossem abertos e as pessoas soubessem bem utilizá-los.

Segue o link caso interessem-se em dar uma olhada nas possibilidades abertas pelos serviços desta organização:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ferramentas_e_servi%C3%A7os_do_Google

Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)

terça-feira, 12 de maio de 2009

“Mutações – A condição humana”

ciclo de conferências “Mutações – A condição humana”

Vejam a programação.... no Link...


  • Salvador fará parte do ciclo de conferências “Mutações – A condição humana”
  • Retomar o tema das mutações, tendo como foco desta vez o homem e a idéia do humano. Este é o principal objetivo do ciclo de conferências “Mutações – A condição humana” que, de 26/5 a 8/6, trará especialistas brasileiros e estrangeiros de diversas áreas para debater a temática. O Ciclo é uma realização do Programa Cultura e Pensamento (MinC), que em Salvador tem parceria com a Secretaria de Cultura, através da Fundação Pedro de Calmon. O Ciclo também será realizado em Porto Alegre e Recife. As inscrições poderão ser feitas a partir de 11 de maio (website ou na Fundação) e as conferências ocorrerão no auditório do Conselho Estadual de Cultura (Palácio da Aclamação – Campo Grande), sempre às 19h. Cultura e Pensamento é um programa nacional de incentivo ao debate crítico realizado pelo Ministério da Cultura com o patrocínio da Petrobrás e tem o objetivo de fortalecer espaços públicos de reflexão e diálogo em torno de temas relevantes.
    Os debates, que resultarão na publicação de um livro, vão de Heidegger a Foucault, chegando até aos cientistas e filósofos contemporâneos. Uma das grandes questões está na idéia da morte do sujeito, na crise da subjetividade. Temas como experiência histórica, novas noções de espaço e tempo, transformações da percepção etc. serão também discutidos neste novo ciclo de conferências. A idéia central é fomentar reflexões sobre “o que é o humano”, diante da revolução tecnocientífica, além de ampliar as discussões para além dos muros das universidades, democratizando e permitindo o acesso ao conhecimento. 
    Estarão presentes o professor de Filosofia da USP, 
    Franklin Leopoldo (“A invenção do pós-humano”), o filósofo e professor de Teoria Política do Iuperj e da UFF, Renato Lessa(“O que mantém um homem vivo”), o professor de Teoria Literária, João Camillo Penna(“O não-lugar do humano”), o professor de Filosofia da USP, Vladimir Safatle (“Sobre a potência política do inumano: retornar à crítica ao Humanismo”), o professor de Filosofia da Unicamp, Oswaldo Giacoia (“Identidades irreconhecíveis”), o doutor em Cosmologia e pesquisador do Icra e do CBFF, Luiz Alberto Oliveira (“Homo civilis”), o poeta e filósofo,Antonio Cícero (“Sobre as teses da morte do homem, do fim do sujeito e do esgotamento da filosofia”), o professor de Filosofia da UFMG, Newton Bignotto (“A contingência do novo”), e o jornalista e professor da ECA-USP, Eugêncio Bucci (“Aquilo de que o humano é instrumento – descartável”).

  • Para participar, os interessados deverão se inscrever, a partir de 11 de maio, no site da Fundação, www.fpc.ba.gov.br . Taxas de R$30 para profissionais e R$15 para estudantes e idosos acima de 60 anos.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pierre Lévy e a Ciberdemocracia

Fragmento de uma entrevista do Roda Viva com Lévy em Janeiro de 2001. Valeu a pena ler, espero que lhes seja útil.

Pergunta: Recentemente (2001) você foi Convidado por uma comissão da União Européia, para desenvolvimento de um relatório sobre democracia eletrônica. Poderia falar um pouco disso para nós?

 "Sim, muitas vezes, as pessoas imaginam a democracia eletrônica como um sistema de voto pela internet, e para mim, a democracia eletrônica não é nada disso. Se há um progresso de democracia graças à internet, não é porque as pessoas vão responder imediatamente, apertando um botão, a pergunta de outros, mas porque as pessoas poderão, por si, elaborar muito mais seus próprios problemas. E mais, como sabem, sou filósofo e, portanto, para mim, as perguntas feitas são mais importantes que as respostas. E que as pessoas possam elaborar suas próprias questões e problemas e, eventualmente, submetê-los às autoridades políticas, esta já me parece a maneira pela qual a democracia irá progredir. Uma outra forma de progresso da democracia, acredito que seja a maior transparência. Com as novas técnicas de comunicação, as pessoas podem muito facilmente, ter acesso a documentos complexos, ter acesso a informações que antes pertenciam a uma pequena minoria. E uma das…neste sentido, uma das propostas que fiz à Comissão Européia foi a possibilidade de imaginar fazer uma espécie de mundo virtual acessível pela internet, uma simulação, em três dimensões, representando os fluxos de dinheiro público que circulam por Bruxelas, pela Comissão Européia. Veríamos quanto dinheiro é enviado pela Alemanha, quanto dinheiro é enviado pela França, pela Itália, pela Espanha, etc… com as proporções, mas não através de colunas numéricas e, sim, de uma forma visual. E, depois, veríamos como o dinheiro é utilizado, como ele é gasto. Quanto vai para pesquisa, para agricultura etc.. e, dentro da pesquisa, por exemplo, quanto vai para pesquisa em Educação, Biologia, Química. Portanto, teríamos um tipo de visualização um pouco como um sistema sangüíneo, como se o dinheiro fosse sangue. Como o dinheiro é bombeado, de onde vem e aonde vai. E, em cada ramificação, em cada ponto de decisão quanto ao destino do dinheiro, as pessoas teriam acesso aos documentos que justificam a escolha de aplicar o dinheiro em um setor em vez de outro, e poderia também haver uma conferência eletrônica que discuta as escolhas. Acho que, hoje, os cidadãos precisam saber o destino de seu dinheiro e por que ele é gasto desta ou daquela maneira. Precisam de transparência. Isso é visível no mundo todo, com os escândalos financeiros. A justiça perseguindo as pessoas que fraudam, os políticos que fraudam nos escândalos financeiros etc. Vivemos numa época em que a sociedade, cada vez mais, quer assumir suas próprias questões e em que não se espera mais a salvação dos políticos, mas que eles sejam honestos, bons administradores e que prestem contas. Acho que, tal transparência financeira, que hoje o ciberespaço tornou possível, seria, originalmente, pra prestar contas, restabelecer a confiança entre a população e os políticos. Acho que cabe aos políticos dar o primeiro passo, dizendo: “Sim. Somos transparentes”. Acho que a Rede torna isso possível. Acabou o reinado do segredo, das decisões veladas, dos lobbies que manipulam os políticos nas sombras. Queremos saber tudo, por que e como são tomadas as decisões, hoje, isso é possível. Tecnicamente."


Postado por Luisa Carolina

domingo, 10 de maio de 2009

Googalfabeto

Uma pequena postagem inútil, porém curiosa. A falta do que fazer de algum designer Australiano gerou um brinquedinho curioso.

Quem tiver curiosidade, digite sua mensagem usando imagens de satélite. Você digita uma letra e o site automaticamente vai no local do mundo com aquele formato, dizendo o país, estado, etc. É engraçadinho.


Além disso, lá vão algumas imagens curiosas do Google Earth nesse site.

E alguém aqui já teve curiosidade de brincar com a ferramenta do G.E. chamada Google Sky?

Alexandre Lino

Sexo X Internet

Pesquisas revelam que as pessoas, principalmente as mulheres, preferem utilizar tecnologias a fazer sexo.
Dada ao contexto social, em uma sociedade machista onde o controle aversivo impera sobre o comportamento sexual feminino, é compreensível que quase metade das mulheres alegue preferir usar a internet a fazer sexo. Contudo, como explicar que um terço dos homens também apresente essa preferência?
Estará o futuro da nossa espécie ameaçada se todas as pessoas puderem ficar conectadas a rede?


Links:
Mulheres preferem internet do que fazer sexo
http://pcmag.uol.com.br/conteudo.php?id=784
Britânicas preferem Internet a sexo, diz pesquisa
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI2150360-EI4802,00.html
Franceses preferem tecnologia ao sexo
http://diario.iol.pt/tecnologia/tecnologia-franceses-internet-sexo-iphone-google/1013563-4069.html


Postado por Fábio.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A educação e a pessoa cega

A Educação e A Pessoa Cega
Hoje, o computador tem ganhado um papel bastante relevante na Educação.Inclusive, discutimos isso na aula mais cedo: o uso do computador e comoo professor pode utilizá-lo no processo de aprendizagem.Para a pessoa cega essa ferramenta ganha uma importância ainda maisconsiderável, uma vez que, o número de livros impressos em braille éinsignificante, sendo hoje o livro digital um dos maiores facilitadorescom relação à inserção e permanência da pessoa cega nas escolas euniversidades.Hoje, tem-se discutido, inclusive, a alfabetização da criança cegadiretamente no computador. Confesso que não concordo com isso. Talvezpor ter aprendido o braille e reconhecer a importância que teve e tempara mim.Permitam que eu me explique. Aprendi o sistema braille ainda pequena e pormuito tempo utilizei apenas ele, fazendo cópias de livros (algo bastantetrabalhoso, acreditem!). Hoje, utilizo bastante material digitalizado,já que não se encontra muita coisa em braille e também por exigir maistempo, quando comparado à leitura no computador e até à leituracomum. Então, tem-se pensado no sentido de que a criança cega já aprendaler e escrever no computador, não utilizando o braille. Mas, na verdade,os leitores de tela lêem palavras e textos para os deficientes visuais.Nesse sentido, questiono: será que a criança cega aprenderá a grafia das palavras?Muitos defendem que sim, que se terá a "curiosidade" de ir com as cetase observar a escrita das palavras. Tenho cá minhas dúvidas. Continuoacreditando na importância de se ler em braille e quanto isso éimprescindível para grafar as palavras corretamente.Desse modo, reconheço a importância da informática para o deficientevisual, mas não concordo com a alfabetização de crianças cegas,utilizando apenas o computador.
Obs.: No Rio de Janeiro, já se sabe de casos em que a criança foialfabetizada apenas utilizando o computador.

Postado por: Luzia

quinta-feira, 7 de maio de 2009


É sabido por nós que a ordenação legal de qualquer espaço jurídico corre atrás da realidade para se adequar. Sempre atrás, por que a realidade não espera, é fluida e livre de impedimentos, ela acontece. Assim, a cultura, como célula da realidade e cela do indivíduo, impôs a este, e por este, a evolução das formas de se comunicar, sendo a internet, através das mensagens eletrônicas, a maneira mais rápida de todas elas, que, por tão rápida e eficiente, vingou e ‘ai de quem diga que não tem uma conta de e-mail’.

A comunicação, como seja ela, dentro de um ordenamento jurídico, tanto pode ser combustível para ações lícitas quanto ilegais. Quando ilícita, seja através de uma cangalha no lombo de um burro ou de um telegrama enviado pelos correios, está passível de ser interceptada e utilizada como prova do ato ilegal. Tanto é que a partir da década de 70 os telegramas passaram a ser considerados como provas legais, para serem utilizados em processos civis.

E o e-mail, como fica ante a isso, já que ‘todo mundo’ hoje em dia tem uma conta e a utiliza para intercambiar informações?

Assistindo on-line a plenária desta quarta-feira na Tv Senado, pude acompanhar o seguimento da evolução do projeto de lei 170 de 2008, da Deputada Federal Sandra Rosado (PSB, Rio Grande do Norte) que pretende tornar legal o uso dos e-mails nos processos civis. O Senador Renato Casagrande, relator do projeto, reconhece a necessidade de o ordenamento jurídico brasileiro acompanhar o desenvolvimento das formas de comunicação, dando atenção especial à evolução da tecnologia. O projeto foi encaminhado para a ‘Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática’, que dá cabo das demandas envolvendo tais disciplinas, suscitadas pelos parlamentares.O documento diz:

            “O dispositivo mencionado estabelece que o e-mail (correio eletrônico) goza de presunção de veracidade quanto ao emitente e a suas declarações unilaterais de vontade, desde que certificado digitalmente nos moldes da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP – Brasil).”

O ICP é o conjunto de instituições que cuida da certificação digital, ou seja, que, dentro da internet, assegura a veracidade da informação atribuindo ao usuário um certificado que funciona como uma carteira de identidade, que garante a integridade, sigilo e outras características ao fluxo de informação em rede que de sua pessoa advém.

Tal desenrolar parlamentar mostra que a interação entre Rede e Leis está se estreitando. Tanto é que em 2006 os processos judiciais ganharam uma nova forma de serem desenrolados, através da internet, com a possibilidade de se acompanhar peças processuais por meios eletrônicos.

Vejo como positivas as ações de tornar a legislação brasileira (em todos os âmbitos) íntima da Rede, por que (que seja em Tese), o tornar célere os julgamentos de interesse do cidadão é poupar-lhe tempo e recursos.

Só temos que considerar (em meio a minha ignorância em relação ao tal do Icp - Brasil) que num ambiente cheio de crackrs, rackers, vírus, spans etc., a legislação tem que estabelecer maneiras seguras de reconhecer a autenticidade da mensagem, por que, se a voz, a letra, a digital e outras maneiras contundentes de se provar a autoria de um ato já contam com instrumentos eficazes, para o e-mail, não sei a quantas anda a evolução de uma criptografia perfeita que dê suporte a esta relação de ato/autoria. E convém dizer que o interesse na quebra de sigilo de e-mails aumentará, vide grampos telefônicos etc., expondo o cidadão a mais uma forma de devastação a sua intimidade. 

Clique e: ler o projeto de lei.

Clique e: acompanhar o projeto de lei.

Clique e: Assistir a Tv Senado.

Luis Alberto



quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Tactualidade da Cibercultura e o Devir Vírus


Meu post de hoje será duplo. Na primeira parte escreverei uma breve reflexão sobre uma, digamos, tactualidade da cibercultura e na 2ª trago a indicação de um artigo da Neuza Guareschi, da PUCRS.

I

Me peguei outro dia a pensar sobre a noção do que é real na internet. De fato é uma questão bastante complexa e que envolve uma multiplicidade de dimensões e temporalidades, existe cada vez mais um decalque próximo do desenrolar off-line ao mesmo tempo que novas ramificações para um mundo virtual cada vez mais interconectado. Nada disso é novidade e a partir daí temos espaço para muitas discussões, mas tirando do foco principal esse cosmos real para dentro dele selecionar um pequeno aspecto prosseguirei. Estava pensando sobre analogias possíveis entre as ressonâncias do conteúdo subjetivo das mídias informatizadas. A nível dos pelo menos cinco sentidos sensoriais que possuímos percebo que tudo está muito ligado, não somente a partir da cibercultura, mas no desenvolvimento histórico das mídias primeiramente ao visual. Logicamente isso vêm se modificando desde a imprensa à internet. Mas penso, por exemplo, em quanto a sexualização dos jovens da cibercultura (de maneira diferente mas análoga à geração TV)  será marcada por uma noção extremamente visual e sonora do sexo, principalmente no caso masculino. Os primeiros contatos com o mundo do sexo com esta nova geração estão cada vez mais facilitados a priori, serão muito mais diversos que o clássico papai-mamãe e ao mesmo tempo na internet se incentiva a questão gráfica e, em segundo lugar, a questão sonora. Ao mesmo tempo, a nivel de cultura sexual, a internet também possui certa repercussão quanto à emergência dos anônimos. Cada vez mais estão disponíveis em todos os lugares pessoas de todo o planeta fazendo sexo de diversas maneiras. Depois da câmera digital toda cópula pode, potencialmente, não passar impune. E certamente a cibercultura do sexo seguirá influenciando sistemas límbicos mundo afora.

II

Trago agora um artigo muito interessante da experiência do devir vírus no mundo contemporâneo. Ele, como disse, foi escrito pela Neuza Guareschi da PUCRS, e tem embasamento teórico principalmente na linha da esquizoanálise. Segue o Résumé e o link:

Este trabalho parte dos encontros no Programa de Educação a Distância (EAD) da PUCRS Virtual. Objetivamos problematizar como a perspectiva de espaço-tempo, tensionada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação reverbera na produção da subjetividade através da prática educativa em EAD. Traçamos as amarras produzidas por modulação, atualizado na avaliação e formação permanente, constituição de uma subjetividade programada. Perguntamo-nos pelas linhas que afetam as estruturas em formação. É a tecnologia que traz em si as problematizações: vírus nos computadores. Em um devir vírus invadimos os modos de ser, corrompendo as programações. Um vírus não pede licença, afi rma sua existência.

Palavras-chave: Educação à Distância. Devir Vírus. Produção da Subjetividade.


Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)

Curso a Distancia na UFBA

Segue ai uma notícia relacionda ao tem a de nossa aula...  Para quem ainda não sabe MOODLE é  o ambiente virtual de aprendizagem da Universidade Federal da Bahia que utiliza o software moodle.


20 de Abril de 2009

Início do Curso de Licenciatura em Matemática a Distância e 
Aula Inaugural

Está confirmado para o próximo dia 20 de abril o início do Curso de Licenciatura em Matemática a Distância. Durante a Aula Inaugural programada para o mesmo dia a partir das 09:00 h. além da mensagem do Magnífico Reitor, Dr. Naomar Monteiro de Almeida Filho, serão transmitidas as falas do Coordenador da UAB na UFBA, Prof. Paulo Penteado, do Coordenador do Curso, Prof. Marco Antonio N. Fernandes e do Coordenador de Tutoria, Prof. José Nelson Barbosa.

Na ocasião, o Coordenador da Plataforma Moodle, Eduardo Lima do CPD, divulgará as instruções sobre o uso da plataforma para os alunos e para as coordenações dos pólos/municípios envolvidos (Bom Jesus da Lapa, Camaçari, Ipupiara, Itamaraju, Itapicuru, Jacaraci, Lauro de Freitas, Mundo Novo, Paratinga e Simões Filho). 

POstado POr Ítalo