quinta-feira, 30 de abril de 2009

 

Assim como nas ruas, em que a criatividade é nada menos do que a essência para o sucesso de um empreendimento informal, diante de uma concorrência que chega a ser truculenta, em decorrência da falta de oportunidades formais e necessidade de sobrevivência por parte de todos, na internet (ruas virtuais) a coisa não caminha de maneira tão diferente, sendo a criatividade peça chave para que um sujeito possa ganhar alguns trocados e assim viver, do negócio on-line, da venda de um produto ou serviço.


A falta de legislação comercial e a dificuldade de fiscalização possibilitam que a internet seja um espaço onde se vende de tudo. Se, por um lado, o Rapa desse a Ripa nos camelôs vielas comerciais a fora, na internet, o Rapa ainda não tem vez, e, como sabemos, para tirar um site do ar, no qual se venda alguma coisa, não basta que se pegue um camburão e meta-se dentro as mercadorias e o vendedor. Achar, responsabilizar e culpabilizar um indivíduo que venda alguma coisa contrária as determinações legais é muito complicado, por que este indivíduo se representa através de bytes, mundo ainda extra-ordinário à capacidade do Legislativo e Judiciário, que necessitam de Upgrade para criar leis e julgar a Rede.


Lembro que uma vez saiu nos jornais a descoberta de um site por onde se podia comprar maconha e outros entorpecentes on-line, com entrega segura e garantida em diversos bairros do Rio de Janeiro. No Mercado Livre e eBay, se acha de tudo. No elitegrill e sites afins, se encontram vitrines para o sexo. No site do pão de açúcar (como Raoni comentou em um post anterior) se pode encher o carrinho e fazer as compras do mês sem sair de casa, assim como é possível comprar remédios em farmácias virtuais e até mesmo um curso superior amparado pela ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). Em fim, as possibilidades são muitas e quem nunca viu uma coisa doida sendo vendida pela internet que atire a primeira pedra.


Viajando pela internet estes dias, cliquei num link patrocinado e, estava lá, talvez o produto mais inusitado que já vi a venda neste espaço de vielas eletrônicas: Clique aqui e visite o site.

Luis Alberto.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Novo recurso do Google Maps: simulação de espaço físico real


Quebrando a seqüência de temas filosóficos, psicológicos e sociológicos até então dominantes nos meus esboços de ensaio, vou postar sobre uma nova ferramenta altamente recomendável do Google Maps a qual fui apresentado acidentalmente hoje: chama-se Street View (do inglês Visão da Rua). A ferramenta consiste em permitir a visão completa de determinadas ruas fotografadas especialmente para esta ferramente. Tal ferramenta supera a noção de uma visão de 360º, pois ela está ligada tanto a um ponto fixo nos 3 eixos tridimensionais, além além de uma visão com mobilidade vertical fixa também. A ferramenta do Google permite deslocamento em um dos eixos tridimensionais (largura), bem como mobilidades de visão vertical e horizontal. Até então foi a ferramenta de registro do espaço físico mais elaborada que já pude encontrar para alcance massivo.
Fui recentemente aceito para um intercâmbio estudantil numa universidade estrangeira e estava procurando no Google Maps uma localização mais precisa do campus da universidade onde seriam minhas aulas para simplesmente ter uma idéia de onde se localizava em relação ao todo da cidade. Cliquei no Google Maps e lá digitei: Université Paris 8 Saint Denis. Aparece o velho mapa do Google até então para mim muito familiar, bem parecido com mapas de listas telefônicas, um balão localizando a universidade e desta vez uma foto que nunca havia visto antes em balão algum com um link abaixo onde estava escrito Street View. Clico no link desconhecido e deparo-me com o que inicialmente pensei ser uma foto chapada, mas em poucos segundos percebi que o eixo de visão era controlável pelo usuário e me deleitei muito imaginando o local como se estivesse lá, ainda que dentro duma tela ela mesma chapada. Depois de alguns minutos descobri ainda que o programa permite que o usuário transite pela rua em ambos os sentidos e que até siga para outras desterminadas ruas que se conectam com a rua anterior até que me dei conta que a ferramenta de utilização do recurso é um bonequinho laranja que fica no mapa e que deve ser arrastado para o recurso funcione. Fantástico!! Não podem imaginar o deleite que isso permite a depender da carga afetiva dispensada sobre o local-objeto. Ao mesmo tempo pode ser muito útil para se ponderar algumas decisões sobre os locais se eles forem desconhecidos para o visitante. Através do Google Maps descobri, por exemplo, que há uma estação de metrô ao lado do universidade. Circular virtualmente pelo bairro certamente influenciará na escolha de meu alojamento no local, estando eu em dúvida entre ficar lá ou mais para o centro de Paris. Podemos a partir da minha experiência aqui relatada imaginar a diversidade de possibilidades que se abrem com esta nova ferramenta.
Segue adiante o link da vista no Google Maps para a Tour Eiffel, em Paris, o local turístico mais visitado no mundo. Certamente há outros locais do mundo que talvez possam muito mais interessar a vocês fazer uma visita virtual. Arrastem para o local que desejam visitar virtualmente o boneco laranja que fica no lado esquerdo, acima da barra de aproximação/distanciamento. Para uma boa vista de Torre aconselho que pousem o boneco sobre a Pont d'Ièna, que localiza-se entre a Av. de New York e o Quai Braly. :


O último post de hj na sequencia de links...  Segue o caminho para um blog mais ou menos como o nosso, só que é da faculdade de comunicação da UFBA, Facom, e é de alunos de pos graduação. 

JORNALISMO & INTERNET BLOG DO GJOL - UM BLOG COLETIVO SOBRE JORNALISMO, INTERNET E NOVAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO MANTIDO POR INTEGRANTES DO GRUPO DE PESQUISA EM JORNALISMO ON-LINE DA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

O link é o seguinte...


O que não falta lá é cibercultura...

POstado por ítalo 
Pra quem tem interesse em saber como age a "polícia" anti pirataria do brasil. vai esse link para um reportagem da folha on line:

22/04/2009 - 14h37

Saiba como age o esquadrão caça-pirata da internet brasileira

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u554387.shtml


Postado por ÍTalo

Petcom promove atividade sobre realidade de jogos eletrônicos

O Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Comunicação da UFBA (Petcom) realiza de hoje (28) a quinta-feira (30) o I Workshop Realidade Sintética de Jogos Eletrônicos, Comunicação e Cultura. O evento, gratuito, é destinado a estudantes e profissionais, propondo trabalhar roteiros para jogos eletrônicos. Além disso, pretende também mostrar os diferentes estilos e classificações de jogos e sua relação com o campo da Comunicação Social. As atividades acontecem na Faculdade de Comunicação (Facom, no Campus de Ondina).


http://www.portal.ufba.br/ufbaempauta/2009/04%20-%20Abril/terca28/eletronicos


postado por Ítalo

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Twitando

Nova moda entre os internautas, o Twitter vem bombando na net e fora dela. Somente hoje vi duas reportagens na televisão onde a nova febre aparecia.

Um das reportagens me chamou atenção, o jornalismo da Band agora tem a sua página no Twitter. Essa forma de utilização encontrada para a nova ferramenta me tornou interessado pelo Twitter. Pesquisando sobre as inúmeras formas que a sociedade vem encontrando de utilizar as novas ferramentas que vêm surgindo no mundo digital encontrei esse vídeo:



Veja o vídeo direto do Youtube.

O vídeo faz algumas críticas ao Twitter, mas o que concluimos com o exemplo dado acima da Band é que o problema não está na ferramenta, mas na forma que nós, utilizadores, a utilizamos.

Eu, pessoalmente, não tenho críticas a fazer para qualquer utilização que as pessoas possam encontrar para o Twitter, Orkut, Youtube, Blogs, etc, porém acho bem mais interessante e construtivo quando essas ferramentas são usadas de forma bem mais inteligente do que normalmente as são.

Notícia da estréia do jornalismo da Band no Twitter.


Twitter da Band Jornalismo.

Postado por Leandro

mídias locativas

Um manifesto sobre as mídias locativas, O tema é de atualidade e remete para o futuro dos serviços e tecnologias baseados em localização, para o uso do espaço público e para as novas relações comunicacionais na era da internet das coisas. O texto é de André Lemos, professor associada da Faculdade de Comunicação da UFBa e está no número 71 da publicaçao.

(http://andrelemos.info/404nOtF0und)

Sobre o tema:

Mídia – Todo artefato e processo que permite superar constrangimentos infocomunicacionais do espaço e do tempo. Mídias produzem espacialização, ação social sobre um espaço. Mídias produzem lugares.

Locativo – Categoria gramatical que exprime lugar, como “em” ou “ao lado de”, indicando a localização final ou o momento de uma ação.

Mídia Locativa. Tecnologias e serviços baseados em localização (LBT e LBS) cujos sistemas infocomunicacionais são atentos e reagem ao contexto. Ação comunicacional onde informações digitais são processadas por pessoas, objetos e lugares através de dispositivos eletrônicos, sensores e redes sem fio. Dimensão atual da cibercultura constituindo a era do “ciberespaço vazando para o mundo real” (Russel, 1999), a era da “internet das coisas”.

Vale a pena conferir o site. TEm links interessantes e pesquisas na área de cibercultura. Eles também recebem material inédito para publicaçao.

Postado por Sidarta Rodrigues

Nem o rapidshare está a salvo!

O Rapidshare está sob suspeita de ter oferecido às gravadoras alemãs os endereços dos IPs do computador de alguns de seus usuários, segundo o site Slashdot. A suspeita surgiu depois que um usuário do serviço teve sua casa invadida pela polícia alemã, há algumas semanas. O acusado teria utilizado o Rapidshare para compartilhar o álbum Death Magnetic, da banda Metallica, que apareceu na internet um dia antes de seu lançamento oficial, ocorrido em 2008. As gravadoras estariam se apoiando no art. 101 da lei alemã de direitos autorais -  sob a qual os serviços online devem fornecer identificação de usuários infratores para a justiça - para intimidar o Rapidshare e conseguir os IPs de usuários que compartilham música com direitos reservados. 

Caso seja verdade, os usuários que distribuem arquivos protegidos por diretos autorais no Rapidshare e em outros serviços alemães, como o BitTorrent, correm risco de ter seus dados revelados.


Postado por Luisa Carolina

domingo, 26 de abril de 2009

Pirata Google


Autor(es) desconhecido(s) cria(m) uma ferramenta de busca de torrents como protesto pela condenação dos criadoresdo do Pirate Bay.

"O PirateGoogle não tem qualquer relação com a gigante da internet. Apenas utiliza o serviço Google Custom Search Engine, de pesquisas personalizadas, para filtrar os resultados, dando destaque aos torrents.".

Será que a Google compraria essa briga? Gostaria de ver os frutos de tal embate.


Link do The Pirate Google: http://www.thepirategoogle.com/

Postado Por Fábio.

sábado, 25 de abril de 2009

A guerra cibernética e a ascensão do império chinês

Uma matéria de 23 de abril, do Jornal A Tarde, veio noticiar um acontecimento que é a conjunção de dois fenômenos que certamente estão entre os principais protagonistas das relações de poder a nível mundial hoje: a Internet (enquanto instrumento de "guerra") e a China, provável potência do futuro próximo (ou presente?).
Sob o título 'Após a guerra fria, a guerra cibernética', a notíca fala que os hackers chineses - uma rede de espionagem, na verdade - "conseguiram entrar no programa mais caro de armamentos do Pentágono [300 bilhões de dólares!!!], o projeto do avião caça F-35". A onda de invasões, que supostamente parte do serviço de espionagem chinês, já atingiu 1.295 computadores; entre as vítimas estão os governos de mais de 100 países, incluindo-se aí o Secretario de Defesa dos EUA, a Casa Branca e até o escritório do Dalai Lama!
Considerando que a grande massa da população chinesa tem o uso da Internet controlado, vê-se que seus governantes sabem conduzir o rebanho com destreza, mantendo-os longe de distrações cibernéticas, mas certamentes não são leigos nisso.
Quais os perigos que esta sociedade em rede nos traz? A Internet, certamente, é um instrumento poderoso, podendo ser usada para a guerra e para a paz - e vemos que realmente está sendo usada para ambos. Creio que as questões que ficam são questões humanas que sempre existiram e sempre existirão enquanto a humanidade existir como tal.
Apesar de a World Wide Web demasiado humana não parecer tão bela quanto a Web of Life de Capra, talvez nos conforte o fato de que Sua Santidade renunciou ao nirvana e sofre entre nós...

Por André Mattos.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vida dentro de casa

Muito tempo atrás, eu li uma matéria na Revista Vip sobre um jornalista tentando passar um mês sem sair de casa. 

Na época, a febre internáutica, apesar de consolidada, não era necessariamente uma "obrigação". Acho que era o ano de 2001 ou 2002, talvez... Na matéria, o jornalista se propunha a passar 1 mês inteiro confinado dentro das mesmas 4 paredes. Todos os serviços deveriam ser contactados através da internet, de pizza a faxineira.

Eu já passei feriados inteiros assim. De só levantar a bunda do pc para ir no banheiro tomar banho e fazer as necessidades e voltar para a telinha. Não me perguntem o que eu estava fazendo, a minha resposta seria somente: nada. Na época nem Orkut ainda existia, para eu dizer que estava visitando perfis alheios ou postando em comunidades. 

Tenho amigos que já celebraram Reveillon (com direito a contagem regressiva e tudo) no Mirc. Minha mãe é incapaz de se lembrar quando foi a última vez que efetivamente saiu de casa para pagar uma conta. Luz, água, gas, curso de inglês, todas essas são debitadas automaticamente na conta bancária dela, que ela resolve via internet. Minha mesada não me era dada, era transferida de uma conta a outra na base de alguns cliques. Praticamente não usamos mais o telefone de casa para nada, até o Eletricista tem site. O trabalho dela é feito em um laptop, na mesa de jantar.

Cheguei a encontrar um blog, o Portal Tekno, cujo autor chega a relatar passar mal quando está sem internet. A mesma pergunta que o autor faz em seu blog, eu repito aqui: quanto tempo vocês passam diariamente na internet? Eu perco a conta.

O jornalista conseguiu sobreviver muito bem. Conseguiu trocar as cortinas, mas não conseguiu fazer compras regulares, como em um super mercado. E de fato, até hoje, eu nunca encontrei ervilhas ou polpa de tomate para se vender na internet... Isso e site de médicos que atendem a domicílio, quando você agenda sua consulta virtualmente, são as duas únicas coisas que eu acho que não existem na internet. Mas não tenho muita certeza quanto a nenhuma delas.

Alexandre Lino

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Tava aqui pensando o quanto as coisas têm evoluído tão rapidamente no Info-mar. O quanto somos subliminarmente moldados pelas novas tecnologias e suas extensões mundo a fora de maneira que o nosso comportamento (principalmente o comportamento de querer, no pensar) vai acompanhando a marcha que as inovações nos impõem, nos mostrando o quanto somos influenciáveis e dependentes de mais e mais, e um bocadinho mais de eficiência.

Lembro que no final de 2006 comprei, montei e instalei o meu primeiro computador. Me recordo, como se fosse neste exato segundo, quando apertei pela primeira vez o ‘conectar’ no meu discadorzinho de internet e estava lá: conectado a 52 kbps. No escuro do meu quarto e para as necessidades então vigentes àquele momento, meus 52 kbps satisfaziam os meus desejos virtuais, mesmo que aos trancos e barrancos, e travadas, é lógico!

Instalei o Emule, colocava alguns álbuns de música para Download e até mesmo cheguei a baixar a versão Ultimate do Windows Vista. Ficava extremamente contente quando a taxa de transferência batia míseros 6 ou 7 kbps, sinalizando a potência e saúde exacerbadas da minha placa de fax modem de 56k. Sério mesmo, deixava o Pc ligado todas às noites e, à aurora do dia, via que alguns poucos megabytes haviam sido transferidos para o Pc. Lembro que no caso do Windows Vista, passei alguns meses esperando os tais mais de dois Gigabytes serem baixados, e, como se rega um bonsai na vontade de vê-lo florescer, observava pacientemente o fluir da coisa, cada folhinha (cada bytezinho) nascer. E assim a vida ia, abrindo meus e-mails, lendo minhas notícias, feliz com meus 52 kbps.

O tempo passou e pude colocar uma internet com Banda Larga. De 52 kbps, passei a dispor de 300 kbps e parecia que desta forma estava trocando uma carroça puxada por um jegue manco por uma Ferrari de sei lá quantos cavalos de potência, e as minhas aspirações (o meu comportamento de querer) também iam formatando a minha forma de viver. Passei a explorar mais os downloads, a consumir mais música e até a baixar jogos (coisa que nunca gostei tanto).

Daí veio a internet de Um Mega, que sucedeu a de 300k, e, assim, me transformei mais ainda, por que os vídeos on-line não davam pau, e pude, então, desfrutar de mais e mais entretenimento, assistir entrevistas, baixar arquivos bem maiores com uma eficiência amplificada. O importante é que todo este processo se deu com a modelação da minha expectativa por satisfação futura. Realizar um desejo virtual se tornou mais fácil. Menos barreiras se impunham a concretização de uma ânsia.

Agora, com meus 10 Megabytes de velocidade, simplesmente a internet jorra ao Rj 45 adentro. Se quero, tenho! por que não mais me é imposta uma condição de espera. E, se Catch fire (Álbum de Bob) demora mais do que um minuto e doze segundos para ser meu, é por que algo está errado, e uma gota de insatisfação escorre através das insólitas redes da minha consciência, ferindo meu contentamento.

E se hoje o apêndice de nada vale ao homem, aquela placa de fax modem que outrora me fizera feliz, não vale mais do que uma tentativa de aproveitá-la para o engendro de um artesanato que sirva de adorno à parede de meu quarto.

Luis Alberto.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ashton Kutcher, o perfil mais popular do Twitter


Estava lendo outro dia uma revista de grande circulação e me deparei com a notícia de que Ashton Kutcher era o perfil mais popular do Twitter (rede virtual de troca de informações em tempo real) do momento, tendo já ultrapassado a CNN, a BBC, Barack Obama e muitos outros perfis pesos-pesados. A pouco tempo atrás ele havia publicado uma foto (a que segue acima)tirada em celular da sua mulher, Demi Moore, trajando calcinha de costas pegando algo numa cesta, o que possivelmente tenha incrementado sua popularidade. Três questões se impuseram para mim assim que li tal notícia.
A primeira é o tamanho do gosto popular pelo cotidiano alheio, o boom de voyeurismo que as mídias cada vez mais alimentam, desde a imprensa, passando pela televisão até a internet, sempre se usou tais meios também para se falar sobre a vida íntima de outros homens. A questão é o tamanho, a proporção que isso toma a partir das comunicações digitais. A invenção das câmeras fotográficas e filmadoras e depois sua proliferação nas versões digitais que hoje estão em qualquer celular nos levam a uma proximidade visual do cotidiano alheio certamente nunca vista antes. Ao mesmo tempo a proliferação de blogs, fotologs, twitters e coisas afins nos leva a nos aproximar de discursos que antes nos seriam inacessíveis sem presença física ou grande defasagem de tempo e quantidade de informação.
Uma segunda questão interessante é a de pensar o quanto uma pessoa pode ter mais ou tanta voz que certas organizações. De certa forma a anarquia da web ignora hierarquias que fora do mundo virtual seriam imbatíveis por uma só pessoa. Há uma certa emergência dos anônimos acompanhada de certa decadência de grandes grupos que não souberam se colocar estrategicamente na rede. A realidade virtual tem algo de muito mais democrático que o mundo físico, pois a princípio aqueles que a acessam tem um uma ferramenta instrumental mais ou menos homogênea, podendo todos eles produzirem conteúdo virtual a partir de seus computadores. Claro que existem implicações culturais e materiais que farão cada qual usar o computador de maneira diferente, mas certamente nunca os anônimos foram tão pouco anônimos quanto são agora quando podem acessara  rede, eles não estão mais perdidos num contigente de espectadores, pelo contrário, são convidados cada vez mais a participar.
A terceira e última questão pode também por em cheque o argumento do parágrafo anterior, pois Ashton Kutcher não é um anônimo qualquer. De certa forma ele é uma empresa tanto quanto a CNN, a BBC ou a Reuters, mas assim como David Beckham ou Ronaldo estão mais ligados a um corpo físico que jurídico ou organizacional. A lógica do anonimato na rede me parece então ambígua, não podendo ser pensada de uma maneira vã, meramente otimista. Existem fatores condicionantes nela portanto, a questão é que eles são diferentes no mundo virtual e ao mesmo tempo existe certa continuidade com o mundo físico, a partir do momento que são as mesmas pessoas que acessam ambos os mundos.

Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

E agora, ao vivo, você!

Já que esqueci de postar a notícia do piratebay, resolvi compartilhar aqui uma coisa que descobri por meio deles: o Bambuser

A internet pode ter democratizado o vídeo com o youtube e sites semelhantes, mas eu ainda não conhecia uma ferramenta como esta, que permite a transmissão de vídeos ao vivo pela web, inclusive utilizando celulares.

No caso do piratebay, eles haviam prometido uma conferencia de imprensa logo após o julgamento, independente do resultado, e cumpriram utilizando esta ferramenta.

Mais um milhão de possibilidades de uso que se abrem...


Postado por: Raoni

Donos do Pirate Bay são condenados!

Olá galera.

Estou trazendo aqui uma matéria sobre o resultado do julgamento dos criadores do site Pirate Bay que o professor tanto comentou em sala de aula.

Todos os quatro foram condenados a um ano de prisão e a pagar uma multa milionária. Porém o site não saiu do ar por está hospedado num servidor fora da suécia, país onde os integrantes do site foram julgados.

Acho que a mesma lógica usada para condenar os donos do site podemos usar para condenar o site Google pelas mesmas acusações, já que de forma parecida ao Pirate Bay, ele também facilita o acesso dos usuários da internet a links para downloads de obras protegidas por direitos autorais. Agora pergunto, por que o Google ninguém processa?!

O site Pirate Bay foi uma pequena vítima, porém espalhados pelo mundo estão vários outros gigantes da internet que podem, de certa forma, serem culpados pelas mesmas acusações. A condenação no caso do Pirate Bay, para mim, não irá intimidar nem modificar quase nada a comunidade desses tipos de sites na internet.

Clique aqui para ler a notícia.

Postado por Leandro

Professora Robô


Lendo o antigo post sobre a criança robô, acabei lembrando dessa antiga reportagem sobre uma
professora robôSaya, o nome dessa simpática robô japonesa, faz chamada, dá bronca e sorri, sendo motivo de graça pela aparência. Por ter a pele de borracha, movimentada por meio de motores e cabos, Saya é capaz de expressar: surpresa, medo, repugnância, raiva, tristeza e felicidade.
Ainda que seu poder de interação seja muito baixo, sendo capaz apenas de repetir a chamada e dizer frases como "fiquem quietos!", o robô foi muito bem aceito nas salas de aulas testadas (talvez muito mais por ser engraçada do que útil). 

O Japão, bem como outros países que sofrem com a escasses de mão-de-obra causado pelo envelhecimento da população, têm-se mostrado esperançodos quanto à uma solução via robótica. Mas cientistas mostram-se preocupados com a possibilidade de robôs cuidando de crianças e idosos.

Ronald Arkin, Professor do Instituto de Tecnologia da Geórgia, disse que mais pesquisas sobre a interação entre robôs e seres humanos são necessárias, antes que se possa confiar abertamente em robôs.  "Simplesmente entregar os avós aos cuidados de uma equipe de robôs significa abdicar da responsabilidade que a sociedade tem por seus integrantes, e encoraja uma perda de contato com a realidade para essa população que já enfrenta dificuldades mentais e físicas", ele disse.

Noel Sharkey, especialista em robótica e professor da Universidade de Sheffield, acredita que os robôs possam servir como assistentes de educação, ao inspirar o interesse pela ciência, mas que não sejam capazes de substituir os seres humanos. "Seria ilusório pensar que robôs como esses poderão substituir um professor humano", ele disse. "Os principais cientistas, engenheiros e matemáticos falam, quase sem exceção, sobre os professores que os inspiraram. Um robô não pode exercer esse papel de exemplo e inspiração".

Hiroshi Kobayashi, o responsável pelo desenvolvimento de Saya, diz que ela deve ser apenas como uma auxiliar para as pessoas e alerta contra esperanças excessivas quanto às suas possibilidades. "O robô não tem inteligência. Não tem capacidade de aprender. Não tem identidade", disse. "É apenas uma ferramenta".

Reportagem extraída daqui.


Postada por Luisa Carolina

domingo, 19 de abril de 2009

O ciberespaço como um passo metaevolutivo

Lembrei que domingo é o meu dia de postar. Comecei as 23 horas a procurar algo bom para colocar aqui e achei um texto de Pierre Lévy. Não li todo o texto, mas gostei do que li. Ele traz uma discussão interessante sobre evolução biológica e ciberespaço e define alguns níveis de seleção.


"RESUMO
Neste artigo o autor defende a idéia de que está ocorrendo
uma evolução cultural da humanidade, paralela à evolução
biológica, e que a etapa mais recente dessa evolução cultural/
biológica se manifesta no recente desenvolvimento do
ciberespaço, que também será a base de futuras evoluções."


Postado por Fábio.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Trair e teclar, é só começar (matéria extraída da Revista Veja)

Olá, pessoal!Estou aqui, aprendendo a manusear o blog. Tomara que saia legal!Pedi para o professor fazer as primeiras postagens.Hoje, gostaria de postar o link de uma matéria interessante que li háalgum tempo na Revista Veja. Discute-se a traição na internet e o uso dasconversas no msn, por exemplo, serem utilizadas na hora do divórcio.Abaixo, segue o link.http://74.125.47.132/search?q=cache:CBKJ-pzE5RUJ:integras.blogspot.com/2008/05/trair-e-teclar-s-comear-edio-1940-de.html+trair+e+teclar,+%C3%A9+s%C3%B3+come%C3%A7ar&cd=3&hl=pt-BR&c
t=clnkAbraços.
Luzia Mascarenhas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Peneira, buscadores e subjetividade de Desejos.



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Semana passada foi notícia no Imasters (portal de notícias e novidades sobre TI) a mais nova invenção de ferramenta do Google.com, para tornar as buscas cada vez mais segregadas e de acordo com a soberana vontade do sujeito internauta. Trata-se da possibilidade de segregar as referências não apenas através de palavras-chave, mas sim, dando a possibilidade de o indivíduo também escolher uma cor chave para a pesquisa. A ferramenta está sendo disponibilizada apenas no site do Google.com (EUA), numa espécie de fase Beta e aplica-se no buscador de imagens do site. 

                         

É o seguinte:


Quando você abre o Google, vai até imagens, digita um nome e aperta em buscar, tudo quanto é imagem que tem como referência aquela palavra digitada aparece, né?

Só que, em meio a um sem fim de resultados, você ainda tem que peneirar muito para achar o que deseja.

Agora é diferente: você digita o nome para a pesquisa, aperta em ‘Search Images’, e quando os resultados estiverem disponíveis, logo abaixo da palavra referência da busca vê-se uma barrinha azul e um quadradozinho com quatro cores e a expressão ‘All Colors’. É aí que clicamos e o site nos dará doze matizes diferentes para que possamos segregar os resultados de acordo com o matiz que escolhermos (a figura do post mostra um exemplo).


Fiz alguns testes. Digitei o nome Vitória, sem a discriminação de cores, e apenas três resultados na primeira página faziam referência ao time Vitória-Ba, afinal, Vitória é um substantivo qualquer. Quando segreguei a pesquisa, associando o nome à cor vermelha, simplesmente, quase todos os resultados da primeira página estiveram dizendo algo sobre o time Vitória e, quando não, aparecia algum resultado referente a scuderia Ferrari (na qual a cor predominante é vermelha e não raro está associada à êxito na F1).


Sem dúvida, é uma inovação qualitativa valiosa e que abre espaço para possibilidades outras de ferramentas de busca, que não se refiram apenas ao Denotativo da coisa, mas sim, cada vez mais levando em consideração o nó entre a semiótica e as palavras, as coisas.


Um devaneio:


Imagino o Google lançando uma poderosa ferramenta para se buscar áudio na internet baseada na comparação de sons. Você pegaria seu microfonezinho, ia até gravar, cantava um trecho de uma canção qualquer com sua voz desafinada e o google referenciava a melodia cantada por você a vídeos ou Mp3 (ou o que for que contenha áudio) que tivessem um trecho semelhante, e seu download estaria, assim, facilitado. Mas aí, com certeza, entram questões de direitos autorais que estão à milhas de distância de serem resolvidas.


Em fim...


As possibilidades são tão vastas que se pararmos dois minutos pra pensar, encontraremos em nossas aspirações uma possibilidade de evolução das ferramentas de busca, que, certamente já foram pensadas pelos arquitetos e engenheiros da informação na Web e que, vejo eu, poderia se caracterizar como a produção de uma Web 3.0, ou seja: o rompimento da barreira do denotativo, em prol da satisfação não apenas da demanda por interatividade, mas sim, da realização conotativa dos desejos mais esquisitos que um internauta possa ter quando em frente a um computador, seguindo a vazão do princípio do prazer, da necessidade imediata por satisfação.


[Para provar a ferramenta, basta abrir o Google Brasil e, na página inicial, apertar em Google.com in English].

 

Luis Alberto.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Teste projetivo? Que nada, veja perfil do Orkut

Bom, fiquei sem postar a semana passada por não saber o que escrever ou não achar nada legal para compartilhar. Hoje estou na mesma, mas como a vida e o professor cobram, não me resta alternativa. Tentemos algo diferente.

 

Teste projetivo? Que nada, veja o perfil do Orkut

 

           No tempo em eu que trabalhava com programação, lá pelos idos da década de oitenta, computador era um negócio grande, com tela verde e que só recebia comandos através de extensas linhas de códigos, que só faziam sentido para quem trabalhava com eles ou para quem sonhava em trabalhar com eles, alguns Nerds solitários. Depois que perdi o emprego na área de processamento de dados fui estudar psicologia e nunca mais cheguei perto de um computador. Li Marx, me formei, fui psicanalisado como todo bom psicólogo da minha geração, montei um consultório e passei a viver da clínica. Mas eis que de uns tempos pra cá o tal do computados surgiu novamente na minha vida.

           Primeiro foi com Ana, uma adolescente de quinze anos. Ela chegou até mim encaminhada pela pedagoga da escola, que me comunicou naquela ocasião que a menina estava tendo sérios problemas de ajuste social, pois quase não conversava com ninguém na escola, a ponto do fato ser notado pelos professores e virar motivo de gracejos entre os alunos. Logo na primeira entrevista ela, sem que eu perguntasse, começou a falar sobre Internet, MSN, Orkut, comunidades virtuais... Falou que não se sentia de maneira nenhuma sozinha, pois todos os dias conversava horas e horas com pessoas do mundo todo. Sem compreender direito aquelas referencias simbólicas que ela me passava fui atendendo. Em outra consulta quando pedi para que ela falasse da sua passagem pela puberdade, algo entre os onze e trezes anos, no seu caso, ela me falou que isso não fora um problema muito grande porque ela sabia como tinha sido para um monte de amigas. Na pista dessas amigas tentei investigar suas relações com os grupos em que ela estava inserida, pra ver de que forma isso estava influenciando na construção da sua identidade. Ela começou a me falar que tinha afinidade com leitores de um tal de Tolkien, que prezava bastante pela ética dos aborígenes australianos e que assim que sua mãe deixasse ela se maquiar ela iria se sentir melhor, pois suas melhores amigas eram góticas londrinas e ela queria poder se sentir verdadeiramente parte “da galera” quando fosse para o intercâmbio na Inglaterra. Depois da Ana, as mesmas referências a esse mundo virtual surgiram nas falas de Joana, Gisele e João Henrique. Todos adolescentes entre treze e quinze anos de idade, filhos de pais separados com altíssimo poder aquisitivo.

           Depois de mais ou menos um mês com esses pacientes suspendi os atendimentos a adolescentes, pois percebi que algo estava errado, não com os adolescentes, mas comigo. Era evidente que alguma coisa estava acontecendo, aqueles pacientes não estavam mais referencializando suas identidades em grupos sociais locais, mas sim em lugares que eu não fazia idéia de onde ficavam. Para eles era como se o mundo tivesse expandido de tal forma que as relações com seus pares próximos haviam se tornado não mais as essenciais, mas apenas mais uma das possíveis.

Como não tinha filhos naquela época, e mesmo se tivesse eles não teriam acesso àquelas referencias pois eu não era rico, fui conversar com alguns adolescentes filhos de amigos meus para ver se era um fenômeno generalizado. Não era. Pelo menos não para a classe média. Procurei alguns colegas e vi que apenas um havia passado por situação semelhante, e mesmo assim sem atribuir tanta importância. Fiquei mais calmo. Mas logo em seguida perdi a calma. Minha principal clientela era de adolescentes e crianças filhas de pessoas verdadeiramente ricas, como eu ia manter minha clientela se ela estava falando em um idioma que eu não conhecia. Pior, ela estava vivendo em uma cultura que estava direcionando a formação de sua identidade e eu não fazia a mínima idéia de como operar com a lógica ali presente.

           E foi quando o computador voltou à minha vida. Procurei um amigo da época em que trabalhava com programação. Primeiro ele riu muito de mim, mas depois saímos para tomar algumas cervejas e ele me explicou por muitas horas o que era Internet, o tal do mundo virtual, me falou da revolução das janelas e de como ele achava que num futuro próximo não só os ricos estariam falando como meus pacientes, mas todas as pessoas do mundo. Claro que eu achei tudo aquilo um exagero, mas como eu precisava garantir meus trocados fiz um acordo com ele. Ele me ensinaria na prática a lógica do mundo virtual e em troca eu faria um acompanhamento psico-pedagógico à sua filha pequena, que estava tendo dificuldades de aprendizagem. Foi o melhor acordo que fiz na vida.

           Depois de dois ou três anos as previsões do meu amigo se confirmaram, e vejam, eu estava na frente. Quando uma quantidade crescente de pais começou a bater na porta dos consultórios psiquiátricos e psicológicos atrás de ajuda para compreender seus filhos eu já estava a pleno vapor, atendendo a geração Internet. Não demorou para eu ganhar renome e agora posso cobrar três vezes mais por uma consulta, afinal ainda não existem muitos especialistas em adolescentes com crise de identidade-virtual.

Escrito e Postado Por Ítalo Mazoni

identidade 

segunda-feira, 13 de abril de 2009


(Professor, postarei às segundas-feiras )

Continuando sobre o tema de Inteligência Artificial, estava lendo o jornal A Tarde de domingo e saiu a reportagem sobre um Robê-criança que é programado para se comportar como tal. Como não tive acesso on-line ao texto pois precisaria de senha de assinante e como não tenho scanner, tirei uma foto e envio a vocês para que leiam sobre o tema. Após lido gostaria de problematizar alguns aspectos até já abordados no Post sobre IA do colega Sidarta e nos comentários de Fábio, Raoni e Luis:


- Segundo a matéria, o robô tem diversos sensores que dariam uma "sensibilidade" não apenas para saber quando ou onde foi tocado mas também foi programado para "analisar as expressões faciais das mães e classificá-las como alegria e tristeza", assim como nós o fazemos até os 3, 4 anos. Exemplo disso é o video que vi aqui no blog ou me mandaram por e-mail (não lembro), segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=3aTR5wTETDU
Após assistir este vídeo, como não se perguntar " há diferença entre este bebê humano e o robô descrito na reportagem " ? Para mim não há diferença alguma com o bebê nessa idade: assim como o robô, o bebê ainda tem um repertório de comportamentos reduzido, pois ele aprendeu (foi reforçado) que quando o pai diz: "Não Pode", a probabilidade dele conseguir o que quer apresentando o comportamento de choro é grande. Mesmo não havendo o contexto necessário, ele emite esse comportamento, por isso o pai gravou....achou engraçado.
O diferencial do robô-criança pro bebê-humano, a meu ver, é justamente a atualização e adição constante de repertórios comportamentais (advindos com o aprendizado) que "ainda" não existe nos robôs criados até hoje. Elementos como a criatividade e ironia dentre outros, num processo relacional, comuns nos humanos adultos, a infinitude de possibilidades de comportamentos humanos, pra mim, será a maior barreira a ser ultrapassada pela robótica, já que dependerá de milhares de fatores interligados que produzem um determinado comportamento, o que atualmente acredito que a ciência ainda não seja capaz de fazer.
Mas acredito que um super-robô com milhares de sensores capazes de interpretar manifestações corporais talvez consiga convencer muita gente de que é um ser humano.

Capitalismo, Resignação, Cinismo e... Você!


Estava assistindo a uma edição altamente recomendável do Roda Viva de fevereiro de 2009 (para que não sabe um programa de entrevistas da TVE  não raramente de alto nível) onde o convidado do dia era o pensador pop esloveno, o psicanalista e marxista Slavoj Žižek (disponível na íntegra em: http://www.youtube.com/watch?v=ZFWILZmH5zg&feature=PlayList&p=3A55CE5A4563A2A7&index=0&playnext=1 ). A entrevista aborda temas muito interessantes a respeito do comportamento político mundial desde a queda do comunismo até o momento atual. Através de uma articulação entre teoria social e uma análise psicossocial e psicopatológica a partir do misto duma releitura politizada da psicanálise lacaniana e do marxismo. Quem perdeu o seminário apresentado aqui no Goëthe Institut por ele no ano passado pode encontrar neste video grande parte do conteúdo que foi abordado por ele em tal seminário.
Para Žižek o sujeito deste capitalismo recente não é alguém que não que vive num mundo pós-utópico depois da queda do Muro de Berlim e da falência quase geral do Comunismo. O sujeito ocidental pós-muro é aquele que a nível político repete obsessivamente comportamentos que de alguma maneira sabe serem insustentáveis, mas se afasta do peso das conseqüências até que elas sejam inevitáveis. Ele critica o capitalismo, critica o dinheiro ao mesmo tempo que se alia a ele e o perpetua em suas práticas cotidianas e em sua resignação indiferente. Seria este a seu ver comparável ao sujeito pós-traumático. Žižek propõe que pensemos na diferença entre uma mulher estuprada em duas sociedades quase que diamentralmente opostas: 1- uma sociedade pobre onde a violência é comum e após esse primeiro estupro se seguiriam outros e mais outros sem perspectiva alguma de melhora; 2- uma sociedade civil com aparelho de estado legitimado e forte disciplina social, quando esse estupro se seguiria de um afastamento desta experiência que a levaria a fantasmaticamente reproduzi-la. Grosso modo, percebe-se que o sujeito desse primeiro modelo de sociedade é aquele sujeito do acontecimento, que não fantasmatiza aquela experiência por ela ser real e se suceder dia após dia, se reproduzindo sistematicamente, e o sujeito naquela outra é o sujeito da Idéia, o sujeito Cartesiano, assujeitado a uma certa ordem que ao se reproduzir continuamente se reveste de valor Ideal. Essa segunda mulher vive, portanto, numa sociedade civil organizada onde este tipo de violência é sistematicamente repreendida, mas  não por um poder que se exerce de um Ideal superior, e sim por que muitas das vezes em que aquilo potencialmento pudesse ter ocorrido, havia alguma forma contínua de poder da sociedade civil que a inibisse. Devido à organização social onde ela se encontra encaixada, ela se afasta da possibilidade real de que aquilo ocorra novamente, reproduzindo a experiência enquanto um fantasma, enquanto uma idéia, pois, ao contrário da outra que cotidianamente corre esse risco e basicamente o experiencia a nível real, aquela outra não, o real daquela experiência é suprimido pela sociedade. O próprio discurso de crítica ao racismo, por exemplo, teria se modificado das ferozes críticas de Martin Luther King à exploração cotidiana do negro à um discurso atual de tolerância à diversidade que na verdade camufla nada mais que a indiferença ao outro.


Os mecanismos de resignação, afastamento e indiferença estão cada vez mais entranhados em nosso cotidiano e, daí vem o motivo de postar algo como isso aqui, as novas tecnologias disponíveis podem no disponibilizar esse cinismo capitalista da maneira mais confortável, nos oferecendo pílulas de resignação a preços se não baixos, ao menos pagáveis. Não que as tecnologias não possam nos aproximar também do real e nos oferecer possibilidades de desconstrução de tal resignação, mas de modo geral o uso que se tem feito delas nem um pouco se aproxima desta possibilidade animadora. Quem nunca viu um site de donativos, nunca conheceu alguém que ligou para o Teleton ou Criança Esperança? Existe mais confortável do que se sentir mudando o mundo deitado num sofá, assistindo TV e fazendo uma ligação de telefone? A caridade, cada vez mais acessível e mais distante da experiência real da exclusão tem sido a solução encontrada por esse sujeito como descargo de consciência, como uma forma aceitável para si mesmo de afastar-se do problema cinicamente, sem enfrentá-lo de fato e questioná-lo em suas raízes. Lembro-me que a primeira frase que Žižek disse em seu seminário foi "We're doing too much", ou seja, estamos fazendo demais. Ele defende que mais do que nunca precisamos de teorias, precisamos pensar de forma rigorosa as atitiudes cotidianas e nosso envolvimento com o capitalismo.
Pensar sobre o cinismo do homem ocidental do presente me lembra também outro teórico pop, o Zygmunt Bauman, que lançou o livro Holocausto e Modernidade, onde compara a maquinalização da exclusão social no nazismo e nas sociedades capitalistas atuais. Ele chega à conclusão de que são mecanismos muito parecidos, pois fazem o sujeito distanciar-se das consequências reais de seus atos através da resignação causada pelo afastamento de tais consequências e convergência com valores que, teoricamente, embasariam suas atitudes. A sociedade moderna é tão complexamente estruturada que poucos de nós pensamos nas criancinhas chinesas que fabricam nossos tênis ou nas guerras que acontecem para que enchamos os tanques de nossos carros. Temos tão pouco tempo, tantos atrativos e queremos tanto nos fazer absorver em devaneios cínicos que realmente é difícil pensar naquilo que sempre esteve embaixo de nossos narizes.


PS: Já que ninguém postou hoje ainda, adiantei logo meu  meu post de quarta-feira.

Por: Victor Martins (victormnmartins@gmail.com)

O que voce esta fazendo? Twitter!

"O que você está fazendo?" Esta é a pergunta que movimenta a mais a nova febre da internet, o Twitter, site similar a um blog que mantém sua rede social atualizada sobre suas atividades diariamente. A peculiaridade desta nova mídia é a sua objetividade. Os posts são escritos em até 140 caracteres, pondendo ser atualizados e enviados também por email, msn e sms, o que torna a comunicação bem mais acessível e instantânea. A atividade chamada de "microblogging" já compões a rede virtual com maior ascenção no momento, alcançado mais de 6 milhões de usúarios desde sua criação, em 2006. A interface é bem simples. É possível customizar o fundo de sua página pessoal e as cores e design da sua página. Tal como no orkut, adiciona-se amigos, no caso, "seguidores" que podem acompanhar em tempo real cada atualização que fazemos em nossa página.

A princípio, pode parecer apenas um programa para trocar scraps e mais uma forma de perder tempo na internet. foi o que pensei de imediato. No entanto, através do Twitter é possível ter contato direto com fontes de informações diretas bem como a páginas de escritores, artistas (muitos não são fakes!) e saber o que se passa por aí. É possível adicionar, "seguir" a página do escritor e autor Steven Johnson, que escreve diversas vezes por dia sobre cibercultura, indicando links interessantes, etc. Mais do que ficar sabendo o que determinada pessoa está fazendo no momento, é possível conseguir informação de qualidade, discutir tópicos interessantes, e formar grupos com interesses em comum, tal como nas comunidades dos sites mais conhecidos. Seguir perfis como o da CNN, BBC, pode ser uma boa forma de estar sempre atualizado sobre um determinado tema, ja que podemos selecionar os canais específicos. A interação fica por conta do sistema de comentários que é bastante eficiente. Vale a pena ao menos conhecer esta nova mania.

Meu perfil no twitter:

http://twitter.com/sid_rodrigues

Postado por Sidarta Rodrigues

domingo, 12 de abril de 2009

Agora, dedico-me à deficiência visual, trazendo uma matéria em que se
aborda os leitores de tela. Fala-se no virtual vision, jaws e dosvox,
sendo esse último limitado (existem vários programas dentro dele que
permitem a edição de um texto, o envio de e-mails, enfim). Já os outros
dois "caminham" pelo windows, possibilitando o uso dos programas como
qualquer outra pessoa.

Esses leitores têm sido uma ferramenta muito importante para pessoas com
deficiência visual, possibilitando mais oportunidades com relação à
informação, aos livros, enfim!
Para ilustrar, poucos livros em braille são produzidos no Brasil (são
extensos e caros). Caso uma pessoa cega precisasse de um livro para a
matéria Psicologia e Cibercultura, por exemplo, precisaria encontrar alguém
disponível para ler todo o livro e gravar em fita cassete (algo que,
geralmente, leva bastante tempo). Hoje, utilizando-se um scaner e um bom
reconhecedor de caracteres (não sei se a expressão exata seria essa)
isso é feito em uma tarde e propicia muito mais independência para a
pessoa cega.

Abaixo, segue a matéria.

Softwares para deficientes visuais democratizam acessibilidade

Lidec Notícias
31/08/2006

Programas leitores de tela possibilitam o uso do computador e abrem
portas para a comunicação, educação e trabalho


Postado por Luzia