segunda-feira, 20 de abril de 2009

Professora Robô


Lendo o antigo post sobre a criança robô, acabei lembrando dessa antiga reportagem sobre uma
professora robôSaya, o nome dessa simpática robô japonesa, faz chamada, dá bronca e sorri, sendo motivo de graça pela aparência. Por ter a pele de borracha, movimentada por meio de motores e cabos, Saya é capaz de expressar: surpresa, medo, repugnância, raiva, tristeza e felicidade.
Ainda que seu poder de interação seja muito baixo, sendo capaz apenas de repetir a chamada e dizer frases como "fiquem quietos!", o robô foi muito bem aceito nas salas de aulas testadas (talvez muito mais por ser engraçada do que útil). 

O Japão, bem como outros países que sofrem com a escasses de mão-de-obra causado pelo envelhecimento da população, têm-se mostrado esperançodos quanto à uma solução via robótica. Mas cientistas mostram-se preocupados com a possibilidade de robôs cuidando de crianças e idosos.

Ronald Arkin, Professor do Instituto de Tecnologia da Geórgia, disse que mais pesquisas sobre a interação entre robôs e seres humanos são necessárias, antes que se possa confiar abertamente em robôs.  "Simplesmente entregar os avós aos cuidados de uma equipe de robôs significa abdicar da responsabilidade que a sociedade tem por seus integrantes, e encoraja uma perda de contato com a realidade para essa população que já enfrenta dificuldades mentais e físicas", ele disse.

Noel Sharkey, especialista em robótica e professor da Universidade de Sheffield, acredita que os robôs possam servir como assistentes de educação, ao inspirar o interesse pela ciência, mas que não sejam capazes de substituir os seres humanos. "Seria ilusório pensar que robôs como esses poderão substituir um professor humano", ele disse. "Os principais cientistas, engenheiros e matemáticos falam, quase sem exceção, sobre os professores que os inspiraram. Um robô não pode exercer esse papel de exemplo e inspiração".

Hiroshi Kobayashi, o responsável pelo desenvolvimento de Saya, diz que ela deve ser apenas como uma auxiliar para as pessoas e alerta contra esperanças excessivas quanto às suas possibilidades. "O robô não tem inteligência. Não tem capacidade de aprender. Não tem identidade", disse. "É apenas uma ferramenta".

Reportagem extraída daqui.


Postada por Luisa Carolina

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