O tema I.A (inteligência artificial)traz delineamentos de questões sobre os limites da nossa cibercultura e tecnologia,com o inevitável direcionamento, também, à questões políticas, etícas e filosóficas, etc. E, continuando no caminho iniciado pelo colega, gostaria também de comentar algo acerca da I.A. A relação entre homem e máquina enquanto ferramenta, extensão do domínio humano sobre o mundo tem na atual configuração de um projeto para construção de inteligencias artificiais um modelo formal de algo que há muito "está no imaginário", no campo da fantasia, ficção e anseios que nossa técnica pode produzir. O filme do Spielberg, Inteligência Artificial, é um entre tantos outros que ilustram os extremos da convivencia entre homens e maquinas autonomas. Da ficção à realidade, é preciso destinguir aqui algumas noções a respeito da I.A,que está muito mais próxima de nós do que pode parecer.
A primeira questão diz respeito à natureza destas entidades artificiais. o objetivo da inteligencia artificial não é a reprodução da estrutura humana (apesar de que muito se investe na criação de robôs com aparencia humana - ver link abaixo). Sem dúvidas a idéia de um ciborg - robô humanoide - já esteve mais difundida entre os amantes e técnicos que lidam com I.A. Mas, o que temos hoje é muito mais uma tentativa de captar a idéia geral de um comportamento/pensamento/processo cognitivo, e fazer algo COMO SE fosse uma propriedade humana, daí termos um Funcionalismo. Por isso, eu acredito que ainda que existam inumeras objeçoes ao projeto IA, a questao do Sistema nervoso central não constitui ainda um impasse. A questão de lidar com o ambiente de maneira complexa tambem segue o mesmo raciocinio. Não se trata de recriar o homem com silício e chips. O que se espera de um mecanismo artificialmente inteligente é que este possa emitir comportamentos nao-deterministicos com eficiencia, ou seja, que ele seja autonomo, nao faça somente o que lhe é programado pelo homem,mas que ao mesmo tempo se relacione com o ambiente e "processe" as melhores decisoes a serem tomadas. Nesta perspectiva, há inúmeros exemplos de I.A e talvez os mais surpreendentes venham da area militar, mas a utiçização de sistemas de controle autonomo em versoes mais simples estao em nosso cotidiano, nos controles de semaforos, portas que abrem com presença de calor, etc. Estas pequenas aplicações técnicas trazem algumas bases de coisas que um robô inteligente deveria ter como sensorialidade e processamento das informaçoes do ambiente.
Mais voltada para os impasses epistemológicos do tema, acredito que a discussão do John Searle, com seu argumento do quarto chinês, é bastante apropriada. Já para os que jogam no time da IA, um pesquisador brasileiro que discute o tema com grande propriedade é João Teixeira, da UFSCAR. (site do programa)
Clipe sobre IA
http://www.youtube.com/watch?v=EhbQ7YnN8W8
Robôs - imagem e semelhança dos homensA primeira questão diz respeito à natureza destas entidades artificiais. o objetivo da inteligencia artificial não é a reprodução da estrutura humana (apesar de que muito se investe na criação de robôs com aparencia humana - ver link abaixo). Sem dúvidas a idéia de um ciborg - robô humanoide - já esteve mais difundida entre os amantes e técnicos que lidam com I.A. Mas, o que temos hoje é muito mais uma tentativa de captar a idéia geral de um comportamento/pensamento/processo cognitivo, e fazer algo COMO SE fosse uma propriedade humana, daí termos um Funcionalismo. Por isso, eu acredito que ainda que existam inumeras objeçoes ao projeto IA, a questao do Sistema nervoso central não constitui ainda um impasse. A questão de lidar com o ambiente de maneira complexa tambem segue o mesmo raciocinio. Não se trata de recriar o homem com silício e chips. O que se espera de um mecanismo artificialmente inteligente é que este possa emitir comportamentos nao-deterministicos com eficiencia, ou seja, que ele seja autonomo, nao faça somente o que lhe é programado pelo homem,mas que ao mesmo tempo se relacione com o ambiente e "processe" as melhores decisoes a serem tomadas. Nesta perspectiva, há inúmeros exemplos de I.A e talvez os mais surpreendentes venham da area militar, mas a utiçização de sistemas de controle autonomo em versoes mais simples estao em nosso cotidiano, nos controles de semaforos, portas que abrem com presença de calor, etc. Estas pequenas aplicações técnicas trazem algumas bases de coisas que um robô inteligente deveria ter como sensorialidade e processamento das informaçoes do ambiente.
Mais voltada para os impasses epistemológicos do tema, acredito que a discussão do John Searle, com seu argumento do quarto chinês, é bastante apropriada. Já para os que jogam no time da IA, um pesquisador brasileiro que discute o tema com grande propriedade é João Teixeira, da UFSCAR. (site do programa)
Clipe sobre IA
http://www.youtube.com/watch?v=EhbQ7YnN8W8
http://www.youtube.com/watch?v=MY8-sJS0W1I
http://www.youtube.com/watch?v=k4dwcxiDTcA&feature=related
Postado por Sidarta Rodrigues
A questão que coloco é a possibilidade de um robô ser modificado pelo ambiente sem a sensibilidade humana, apenas com regras e comandos lógicos. Quais os limites e as possibilidades de uma aprendizagem sem sensibilidade?
ResponderExcluirAinda tenho sérias dúvidas em relação a existência da nossa autonomia, quanto mais em relação a autonomia das máquinas.
O caminho seria dar "sensibilidade" aos robôs...
ResponderExcluirUma maneira possível seria, antes de mais nada, dar corpos sensíveis a eles. Depois entram aspectos como aprendizado com o ambiente, resposta a situações imprevistas, etc.
Pessoalmente, eu acho que ainda vão existir humanos 'emulados' com boa precisão.
Sidarta,
ResponderExcluirEh! Em analogia e contra partida ao tema 'Robôs - Imagem e semelhança dos Homens', lembro-me que saiu, em novembro de 2007, na Caros Amigos, uma edição especial chamada 'Pós-Humano - o desconcertante mundo novo', na qual o professor Jair Ferreira (UFRJ), que escreve contos e ficção sobre a natureza e artificialidade do homem (e trabalha muito com conceitos de pós-modernidade) expõe sua visão sobre um futuro breve para este homem, cada vez mais mutante. Um conceito interessante que ele tem é o de 'Próteses Informacionais', para tratar da mecanização da natureza humana, que tende a depender cada vez mais de engenhocas de platina dentro de si para sobreviver. Não raro alguém possuir desde uma simples obturação à marca-passos, ponte de safena etc.
A tendência, segundo ele, é a de que os órgãos humanos sejam substituídos por órgãos fabricados, que, certamente, terão mais durabilidade e, principalmente, devem sair de fábrica com alguns anos de garantia, Rssss.
O link pra baixar a revista, que tem outras reportagens bem legais, é:
http://www.4shared.com/file/35789176/7ad0c707/CarosAmigosEspecialPsHumanos2007portaldocriadorcombr.html
valeu luis alberto! realmente esta argumentação em torno da dependencia é muito interessante e pertinente. do ponto de vista cultural é o que buscamos atraves desta disciplina e das demandas da vida cada vez mais virtual. vou dar uma olhada nessa direçao das "proteses informacionais". Você viu aquele chip para devolver a visao, o chamado olho bionico?
ResponderExcluirhttp://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1869933-EI298,00.html