quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dos Websites desenvolvidos com puro HTML às páginas turbinadas da web 2.0, que contam com a presença de tecnologias de programação, gráfica e de animação cada vez mais cheias de ferramentas com amplos potenciais para proporcionar uma experiência mais e mais pregnante ao usuário, a web empreende uma corrida pela captura da atenção das pessoas, para que as informações do site sejam melhor compreendidas e assimiladas e para garantir que seu patrocinador também tenha notoriedade e lucre, lucre muito.


Empresas grandes, de aporte internacional, têm investido cada vez mais em anúncios na Web. Também pudera: o espaço on-line, além de mais e mais atrativo, com o advento da interatividade proporcionada pela Web 2.0, que fez do internauta um sujeito mais ativo está cada vez mais povoado, por que um número maior de pessoas tem acesso à internet, o que implica numa concorrência à Tv.


Pois bem. Estava eu na noite de terça-feira em meu quarto, sem nada de útil pra fazer e resolvi ligar a televisão. Cliquei na minha PCITV e, estava lá: a final do Big Brother Brasil 9. Daí pensei que, neste momento ‘tão glorioso’ para a televisão brasileira, certamente uma equipe de Designers e programadores devia estar em plena atividade e vigília na central globo de produção para a atualização e manutenção imediatas do site do programa. Empreendi uma visita ao site do BBB9 enquanto o programa estava no ar e me espantei com o número de grandes empresas que estava, naquele momento, anunciando suas marcas ou produtos ali: Sundown, Guaraná Antarctica, HSBC, FIAT, Novo Nyeli Gold, H2OH, Azaléia, Dell, Sony, Nokia, Samsumg, Perfume Ferrari, Ponto Frio, Magazine Luiza e até o novo filme do Volverine. Me surpreendi em ver tanto anúncio numa página só. Deve ser muito vantajoso anunciar!


Notamos, logo, alguns porquês da emergência de tal mercado de propagandas nos sites: 

1) o anúncio, na maioria das vezes, não está nos intervalos do plim plim, mas sim, coexiste com a finalidade informativa do website, já que seu layout foi desenhado para isso, o que implica em o anúncio não protagonizar apenas 10, 20 ou 30 segundos da atenção da pessoa (quando ela não vai assaltar a geladeira), mas sim, divide janela com as informações principais do site (numa analogia, imagine um comercial qualquer dividindo a tela da Tv com a exibição de um filme);

2) o público da web talvez tenha um poder aquisitivo, de compra, maior do que o público mediano da Tv;

3) ao anunciar num site de grande audiência, de fato, se anuncia, de forma indireta e sem gastar um centavo, em muitos outros sites importantes, já que, no caso do Big Brother, dois minutos após o encerramento do último episódio, muito dos sites (inclusive o google) anunciava em suas primeiras páginas e com destaque o nome do campeão do Big Brother Brasil 9, sugestionando, assim, à visita ao site do programa;

4) a tecnologia de rede possibilita às anunciantes um maior monitoramento dos resultados obtidos com seus gastos neste tipo de publicidade, já que contam com estatísticas estáveis de quantidade de tráfego em seus sites em decorrência do anúncio feito, quando que se pode obter um mapa lógico da seqüência de visitas dos internautas, ou seja, se ele estava no site onde a propaganda estava contida antes de acessar o seu, se estava no site da concorrência etc.

 

A interatividade proporcionada pela Web, a meu ver, e para a alegria dos que têm bastante grana para anunciar em sites como Uol, Terra, Globo, Yahoo, Msn etc, possibilitou uma estabilidade maior à necessidade logística das empresas que pretendem divulgar-se. Se antes os anunciantes ficavam à mercê de estatísticas caras (uma porrada de gente ia pra as ruas entrevistar as pessoas para saber por qual via esta pessoa conheceu sua empresa), hoje as pessoas são representadas por Ips, e a estatística quase nunca é falha.


Só por curiosidade, entrei no google e fui em busca dos preços que as grandes empresas pagam para anunciar na Web. Infelizmente, não achei tanta informação confiável, mas achei uma planilha da Uol, com seus preços, e, para meu espanto, tem anúncio que custa até um milhão de reais, é o que mostra a figura que abre este post (que para enxergá-la melhor, basta clicar em cima, ou acessar: http://publicidade.uol.com.br/).


Luis Alberto.

7 comentários:

  1. é um tema mto interessante para se pensar. certamente a propaganda, assim como todas as midias tem novas interessantes possibilidades a serem pensadas e analisadas. ainda há muito a se pensar nesse sentido.

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  2. Sinceramente? Eu não acredito na imagem. 410k reais para anunciar um banner no UOL por 1 dia? Impossível, ou eu realmente não tenho a menor noção dos custos de marketing. Com esse dinheiro vc compraria MUITO, MUITO mais no adsense do google.

    Que, aliás, é a democratização da publicidade, considerando que qualquer um pode anunciar conforme sua disponibilidade financeira, pagando pelos cliques de usuarios.

    Eu tinha mais umas coisas pra comentar, uma hora falamos disso em aula...

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  3. .

    Raoni,

    Eu também não acreditaria na imagem, se não houvesse sido extraída do próprio site da Uol, que, com certeza, não afugentaria possíveis clientes colocando preços extratosféricos e irreais.

    E, acredito que, se se cobra tanto assim, talvez dois são os motivos: se o adsense é menos intrusivo e democrático, as grandes empresas, justamente por serem grandes e terem sede e necessidade de exibição de um Status quo, evitam 'estar apenas' no mesmo bolo da democracia e da não intrusão na publicidade Web.

    Porque: assim fosse, elas pegariam os 800.000 mil reais que gastam na exibição de um comercial de 30 segundos no intervalo da novela das 9 com anúncios em classificados, em revistinhas, em Ceo para aparecerem melhor no Google. Mas não, o que se quer é destaque, é mostrar, talvez, a saúde financeira através de uma extravagancizinha.

    Acho que fica aí como proposta para pensarmos: quais os novos paradigmas da publicidade com o advento de um espaço que cada vez mais traz a atenção das pessoas pra si?

    O link para a tabela da figura do post:

    http://publicidade.uol.com.br/

    .

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  4. verdade, tá lá a tabela...

    Mas porra, um outdoor razoavelmente bem localizado não passa de uns 1000 reais o aluguel... Me parece bem mais imponente e abrangente que um banner no uol q passa desapercebido a uma boa parte da população que acessa o site

    Aliás, quem acessa a esses portais ainda? Deve ter um bom tráfego pra cobrar tanto...

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  5. Pois é,

    O que rola é que, o certo é: tem um monte de macaco velho por traz das empresas que anunciam e, tenho certeza, a especulação deve ser milimetrada. E o gasto só se concretiza quando se tem uma confiança no investimento. Então, deve rolar um público grande. Perceba que, por exemplo, quanta gente nas instituições públicas, empresas num geral, não pega um cafezinho antes de trabalhar e vai ler notícias, ou abrir o e-mail, ou sei lá o que. Tenho uma cliente que sempre diz que a primeira coisa que faz ao chegar no trabalho é abrir o 'G1' pra ficar 'sabendo' das notícias do mundo, Rsss, e depois abre o g-mail pra olhar os power point bonitinhos que mandaram pra ela, e, só aí, já passa por dois meios influentes e vê um monte de propaganda.

    Você falou uma parada check, os outdoor, que são bem à vista e custa tão mais barato.

    Mas, é isso aí. Os futuristas dizem até que o Google vai comprar a canais de Tv de prestígio (Cnn, Bbc etc.), que passarão a ser exibidos pela internet a partir de um futuro não não longe. As mídias estão mudando, tendo uma utilidade cada vez maior. Imagine que, hoje em dia, ao invés de colocar um monte de embalagem de creme dental num envelope e mandar pra a globo pra tentar ganhar o caminhão do faustão (ou coisa similar), as pessoas simplesmente abrem um link e preenchem um formulário em Php ou Html, apertam em 'Send' e está lá, a comunicação se estabeleceu de maneira rápida e eficiente (sem gastos com taxas de correio).

    A internet é um mundo, dentro de outro. Quando penso em internet, em redes sociais, penso naquela que é uma das últimas cenas de MIB, onde uma janela se abre para um universo fervilhante e em plena atividade. O monitor (a janela) e os bits que o digam.

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  6. rapaz, existe uma possibilidade de erro no site da UOL...

    não existe retorno suficiente que pague por isso quando há outros meios muito mais efetivos de se propagandear com custos muito menores. Quase todo mundo abre o G1, mas muito mais gente passa pelo Iguatemi, por exemplo.

    Atualmente, a mídia de propaganda mais rentável que há é o Busdoor.

    1 - é barato
    2 - é móvel
    3 - todo mundo vê

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  7. sinceramente, eu acho que a melhor mídia, a mais rentável, depende do público que se quer atingir com a propaganda. não entro no mérito dos preços, pois não tenho embasamento para discutir isso.

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